O procurador da República em Joinville Davy Lincoln Rocha anunciou que entrará com uma ação civil pública contra o Estado para exigir maior efetivo de policiais militares (PMs) na cidade. A medida exigirá uma melhor distribuição da PM dentro do território catarinense. Rocha considera desproporcional o efetivo de Joinville comparado, por exemplo, a Florianópolis. A decisão do procurador foi tomada depois de um debate sobre a situação da segurança pública na maior cidade catarinense, realizado até o começo da tarde desta quinta-feira no campus da Universidade da Região de Joinville (Univille). Rocha espera ingressar com a medida judicial na primeira quinzena de maio. O procurador disse que nenhum representante do governo do Estado participou do debate. Foram convidados o secretário da Segurança, Antenor Chinatto, comando da Polícia Militar e o governador Esperidião Amin. A discussão foi acompanhada por integrantes dos setores comercial e industrial locais, estudantes universitários, integrantes da prefeitura, Ministério Público Estadual e associações comunitárias, vereadores e deputados estaduais. A dúvida que ficou pendente na reunião é o efetivo de PMs existente na Capital. O procurador argumenta que Joinville, pela importância econômica e porte da cidade, deveria ter um policiamento ostensivo mais reforçado. Seriam cerca de 900 homens. Dados enviados pelo secretário de Segurança ao Ministério Público Federal indicam que Florianópolis teria 1,23 mil PMs. Na reunião, o deputado estadual estadual Francisco de Assis (PT) informou que teria recebido de Chinatto o número de 2,8 mil policiais militares. Alunos da Univille cogitam organizar um acampamento em frente ao Palácio Santa Catarina, na Capital, para tentar convencer o governador a aumentar a segurança na cidade. – O governo não pode ignorar Joinville – ressalta Rocha.