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 | 16/03/2001 18h03min

Pedilúvio previne aftosa no Aeroporto Salgado Filho

A guerra brasileira contra a propagação do vírus de febre aftosa foi deflagrada nesta sexta-feira (16/03) em Porto Alegre. Os passageiros de dois vôos que chegaram no Aeroporto Salgado Filho quase que simultaneamente de Montevidéu e Buenos Aires, às 17h35min, tiveram que passar por um pedilúvio, tapete de esponja embebido numa solução de iodo. É o primeiro aeroporto brasileiro a contar com o dispositivo. O equipamento foi instalado a cem metros das aeronaves. Tem dois metros por um metro e quarenta centímetros de uma solução composta por 15 milímetros de desinfetante à base de iodo por 10 litros de água. Alguns técnicos julgavam mais oportuno colocá-lo na escadaria dos aviões, como ocorre em aeroportos europeus. A preferência pela área de desembarque foi provocada pela possibilidade de chuva. Porto Alegre recebe diariamente vôos de Paris, Buenos Aires, Montevidéu e Santiago do Chile. Quem chegar à capital gaúcha em vôo charter internacional também deve desinfetar os calçados no dispositivo. Oito fiscais do ministério estão no Salgado Filho para prestar esclarecimentos aos passageiros sobre a necessidade de passar pelo pedilúvio. O ministério também está usando esse mesmo dispositivo nos postos fixos de São Borja e Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Os passageiros são convidados a descer e passar pelo pedilúvio. Os veículos são submetidos ao rodolúvio, equipamentos utilizado para desinfetar os pneus. No país parceiro do Mercado Comum do Sul (Mercosul) a suspeita de novos focos da doença assusta os pecuaristas. Nesta sexta-feira, o futuro subsecretário da Agricultura da Argentina, Eduardo Manciana, disse que existem pelo menos outros 40 casos na província de Santa Fé. Oficialmente, o governo reconheceu a existência de três focos, em Córdoba, La Pampa e Buenos Aires. Na reunião da Comissão Sul-americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que se encerrou nesta sexta, em Assunção, no Paraguai, houve um consenso sobre a necessidade de ações conjuntas para o combate á doença na região. Ainda nesta sexta, a Colômbia proíbiu a importação de animais, carne e derivados procedentes da Argentina, França e Grã-Bretanha para evitar propagação da febre aftosa. Na Europa, a doença continua se espalhando. O Reino Unido confirmou que 256 propriedades rurais estão afetadas pela doença. O governo britânico calcula que devem ser sacrificados nos próximos dias 500 mil animais. Na Palestina, também foram encontrados 13 focos de aftosa.

Mauro Vieira  / ZH

Tapete com solução de iodo mata o vírus da aftosa
Foto:  Mauro Vieira  /  ZH


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