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 | 28/11/2003 11h

Powell defende papel ativo para a ONU no Iraque

Nova resolução é descartada por enquanto por governo americano

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, propôs à Organização das Nações Unidas (ONU) que assuma papel ativo na elaboração de um cronograma e das condições para a restauração da soberania iraquiana. Em entrevista ao jornal francês Libération, publicada nesta sexta, dia 28, Powell frisou, entretanto, que não há necessidade por enquanto de uma nova resolução do Conselho de Segurança a respeito do trabalho da ONU.

– Quero que a ONU desempenhe um papel ativo agora. O presidente (George W. Bush) certamente também quer. A ONU pode assumir papel real nos próximos seis meses, ela tem experiência e capacidade para esse tipo de esforço – declarou.

Powell disse que o futuro representante da ONU para o Iraque, a ser nomeado no começo do ano, deve trabalhar junto com o administrador norte-americano no país, Paul Bremer, e com o Conselho de Governo nomeado pelos EUA. Esse novo representante poderá ajudar o Conselho de Governo a "produzir a lei básica que eles se comprometeram a redigir até fevereiro, a preparar a eleição de uma assembléia de transição e a escolher um governo de transição".

– Talvez seja apropriada em algum ponto, mas é prematuro, no momento, falar sobre uma nova resolução da ONU para um plano que acaba de ser apresentado – afirmou Powell sobre uma nova resolução do Conselho de Segurança.

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha consideraram uma resolução para avalizar um cronograma para o Iraque, mas nem chegaram a redigi-la. Os EUA querem instalar um governo provisório até junho de 2004 e um permanente, eleito diretamente, até o final de 2005, segundo diplomatas. Mas eles dizem que o governo Bush preferiu adiar até março, pelo menos, a votação de uma nova resolução, pois teme resistências de França, Alemanha e Grã-Bretanha.

Março é quando o Conselho de Governo pretende redigir uma "lei básica". Em maio está prevista a escolha de uma assembléia nacional por meio de reuniões regionais. Essa assembléia escolheria o governo provisório. Rússia, França e Alemanha, que se opuseram à guerra no Iraque, elogiaram a decisão norte-americana de acelerar o processo de transição, mas acham que o cronograma deve incluir um papel político para a ONU.

As informações são da agência Reuters.

 
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