Santa Catarina pode deixar de fazer parte do Circuito Pecuário do Sul, denominação dada ao bloco formado também pelo Rio Grande do Sul, para identificar regionalmente os estados produtores de bovinos do Brasil. O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, em entrevista ao jornal Diário Catarinense disse que, se o Rio Grande do Sul apresentar mais algum problema de febre aftosa no rebanho de gado, o governo catarinense vai solicitar a inclusão do Estado no Circuito Pecuário Centro-Oeste, formado por Paraná e São Paulo, entre outros estados vizinhos. Zonta disse que Santa Catarina poderia receber o certificado de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação em maio. No entanto, em função dos casos da doença registrados no Rio Grande do Sul, a expectativa mais otimista remete a conquista do certificado para maio de 2002. Mas isso ainda não está garantido, reclamou o secretário, que vai quarta-feira a Brasília oficializar com o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, o início da contagem para o prazo estipulado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) para conseguir o certificado. O secretário já havia pedido ao ministério para classificar Santa Catarina de maneira diferente do Rio Grande do Sul, por não confiar no controle sanitário gaúcho. Junto com a negocição em torno do início da contagem para conseguir o certificado de zona livre de aftosa, Zonta vai negociar a certificação de que Santa Catarina é um Estado livre da new castle, uma doença que afeta o frango e impede qualquer comercialização das aves.

GUARANY PACHECO