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 | 05/01/2001 16h

Ministério irá declarar zonas brasileiras livres de peste suína clássica

Santa Catarina não registra nenhum caso da doença há 10 anos

A partir de 10 de janeiro, o Ministério da Agricultura (MA) declarará as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e os Estados de Sergipe, Bahia e Tocantis como livres da peste suína clássica. Bom para a suinocultura do país. A Itália, por exemplo, só esperava esta condição sanitária para efetivar negócios com produtores brasileiros. O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, acredita que as exportações poderão pular dos US$ 185 milhões previstos até dezembro de 2000 para US$ 260 milhões neste ano. Conforme Pratini, desde 1978 as exportações oscilam entre US$ 122 milhões e US$ 160 milhões, para mercados como Argentina, Uruguai e Hong Kong. No ano passado, em função de negócios fechados com a Rússia, o valor chegou a US$ 170 milhões até novembro. Para Pratini, os efeitos da recuperação de mercado se refletirão em regiões onde a suinocultura se destaca, como no oeste catarinense. O sul do Brasil concentra o rebanho suíno, de 12,9 milhões de cabeças, em 205 mil propriedades. Em 2000, técnicos do MA se dedicaram à realização do inquérito soroepidemiológico, realizado por amostra e encerrado em dezembro. Há mais de dois anos que essas regiões não têm ocorrência de peste suína – a vacinação foi suspensa em 1998. Durante os últimos 36 meses, o ministério não observou sinais clínicos da doença. A última ocorrência na zona foi em 1998, em São Paulo. O Rio Grande do Sul somente registrou um caso, em 1991 e Santa Catarina não registrou casos nos últimos 10 anos. Com a decisão de declarar essas regiões livres de peste suína, o próximo passo do ministério é comunicar a decisão à Organização Internacional de Epizootias (OIE). Ao contrário do que ocorre com a aftosa, nessa situação não é preciso que a OIE também declare livre. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luiz Carlos de Oliveira, até hoje os maiores entraves para a ampliação da exportação da carne suína tem sido a peste suína e a febre aftosa, consideradas barreiras sanitárias internacionais.

CAROLINA BAHIA
Arquivo / ZH


Foto:  Arquivo  /  ZH


 
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