Quando chegou ao Caxias, nas últimas rodadas do primeiro turno do Gauchão, o preparador físico Eduardo Schoeler, o Dudu, foi obrigado a recuperar o tempo perdido.

Junto com o treinador Argel e o restante da comissão técnica, diagnosticou que o nível de preparação física dos jogadores não estava nada bom. Evitando criticar seu antecessor, apenas disse na ocasião que o planejamento anterior não tinha sido o mais adequado para o calendário intenso de jogos do futebol brasileiro.

Dois meses depois, veio o resultado. Com um trabalho mais forte, de intensidade alta e boa recuperação fisiológica, o condicionamento físico aumentou gradativamente.

Marcos Denner, que parecia cansado, voltou aos melhores tempos. Marielson, o motorzinho de antes, ficou com mais fôlego ainda. E assim todos os atletas cresceram de produção.

O problema é que neste domingo, na final da Taça Fábio Koff, o Caxias vai enfrentar um time que anda voando mais alto no campeonato. Então, o que fazer para não morrer antes do final do jogo com a correria do Inter, especialmente dos atacantes Nilmar e Taison?

— Se tiver bem preparado não tem porque se preocupar. Fisicamente não dá para dosar na marcação para não ficar correndo atrás dos caras toda hora. E se os caras fazem dois gols no primeiro tempo? Não adianta nada. Temos de marcar em cima, tirar os espaços do início ao fim, obedecer a ordem tática que for definida — explica Dudu.

O preparador físico lembra que o Caxias já enfrentou times e jogadores rápidos e se deu bem:

— Vencemos o Veranópolis, do Kito, que é muito rápido. Ganhamos do Juventude, que também tem jogadores ágeis.

Dudu garante que o time grená não vai morrer no segundo tempo se entrar na correria dos atacantes do Inter, o que significa uma batalha digna de decisão do início ao fim.