Joinville e Chapecoense fazem neste domingo, dia 5, no Índio Condá, o primeiro dos dois jogos que devem decidir quem fica com a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. É decisão de 180 minutos. Na quinta-feira, às 20h30min, os dois times voltam a se enfrentar. Desta vez, na Arena Joinville.

Nesta disputa que vale a vaga na competição nacional, o Verdão do Oeste lidera com dois pontos. O tricolor tem apenas um. A maior diferença entre eles está no momento que vivem.

O JEC é um time em crise após seis partidas sem vencer. A Chapecoense embalou na hora certa no Catarinense e conquistou na última rodada um lugar no quadrangular semifinal.

Para assustar ainda mais os tricolores, a Chapecoense venceu nas duas vezes em que os dois times se enfrentaram.

Mas o Joinville, sem dúvidas, mostrou durante turno e returno do Catarinense um futebol bonito e convincente. Ninguém desaprende a jogar de uma hora para outra. Então, é perfeitamente justificável que em Joinville e em Chapecó todos classifiquem o duelo de uma mesma maneira: o jogo do ano.

– É preciso jogar com alma. É uma decisão – fala o técnico do Joinville, Gelson da Silva.

– Temos de ser melhores do que já fomos até agora – diz o técnico do Verdão, Mauro Ovelha.

Mistério na escalação

O comandante tricolor adotou a tática do mistério antes da partida decisiva. A equipe chegou neste sábado a Chapecó, onde houve uma pequena confusão no aeroporto, e ficará concentrada em Xanxerê.

– Tenho algumas dúvidas e não decidi quem vai sair jogando – esquiva-se.

Gelson procura alternativas para ganhar as bolas aéreas, a principal arma da Chapecoense.

– Teremos um cuidado especial nesse sentido. Se não conseguirmos destruir essa jogada, teremos muitas dificuldades na partida – prevê o técnico.

Morisco é  arma do Verdão

Num jogo em que a vitória é imprescindível e ao mesmo tempo sem contar com dois atacantes – Fabinho, suspenso, e Beá ausente por motivos familiares –, a Chapecoense pode encontrar num zagueiro a força para vencer o Joinville, neste domingo. Rafael Morisco, 22 anos, não se contenta em defender.

– Sou zagueiro, mas dou minhas arrancadas para o ataque – disse.

Graças ao seu espírito de ajudar o ataque, o zagueiro marcou cinco gols no Estadual. É o terceiro maior goleador do time, atrás apenas de Bruno Cazarine, com 13, e Badé, com seis. Como no quadrangular os adversários estão marcando os cruzamentos de Thoni e Badé para Bruno Cazarine, o zagueiro pode ser a opção nas jogadas de bola parada.

O jogo do ano

Todos na Chapecoense encaram o jogo deste domingo como decisão. A conquista da vaga na Série D é vista como fundamental para o time do Oeste.

– Poderíamos atingir pelo menos três mil sócios – disse o diretor de Futebol, Jandir Bordignon.

A Série D aumentaria a receita e calendário durante o ano inteiro. Caso contrário, todos os jogadores teriam que ser dispensados ou emprestados. O goleiro Nivaldo afirmou que a vaga no Campeonato Brasileiro permitiria aos jogadores continuarem no clube e também ajudaria na mobilização da cidade por um time forte.

Para o técnico Mauro Ovelha, os jogadores estão conscientes da importância de vencer o Joinville.

– É o jogo do ano, todo o grupo sabe disso.