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 | 26/02/2009 04h34min

Contra o Novo Hamburgo, Tite aposta na Operação D'Alessandro

Ideia é usar os volantes Guiñazu e Magrão para não deixar argentino isolado como armador

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

A repetição de time hoje à noite, contra o Novo Hamburgo, no Beira-Rio, dará ao torcedor a chance de observar uma mudança simples na aparência, mas decisiva para o sucesso ou fracasso do Inter na temporada. Sem Alex, meia convertido em atacante que alavancou o Inter rumo ao título da Sul-Americana em 2008, o técnico Tite está montando uma operação para não deixar D’Alessandro isolado como armador. E o primeiro grande teste começa às 19h30min.

A primeira parte da Operação D’Alessandro está nas funções atribuídas aos volantes Magrão e Guiñazu. Até a denominação deles mudou no vestiário.

— Estamos chamando de volantes armadores. Tanto um quanto outro têm orientação para se apresentar para o jogo, auxiliando o D’Alessandro — revela o auxiliar-técnico Cleber Xavier.

Em relação ao ano passado, há uma outra diferença, que só poderá ser sentida em campo quando o dono do lugar jogar o que dele se espera. Na lateral-esquerda, Kleber tem missão de atuar no campo do adversário. Assim, o espaço que antes Alex naturalmente ocupava pela sua origem de jogador de meio-campo, agora cabe a Kleber.

É assim que se dá a busca do equilíbrio ainda não encontrado no começo da temporada 2009. A Taison, que nas categorias de base foi meia durante bom tempo, a ordem é ser atacante mesmo. Quanto mais perto de Nilmar, melhor.

— O Tite me dá liberdade para buscar jogo — diz Taison.

Em seguida, o guri trata de completar:

— Mas ele pede mesmo é para eu ficar mais lá na frente, com o Nilmar.

Outra mudança, esta de ordem técnica, é suprir a eficiência de Alex no chute de longa e média distância com muito treino de Taison. Para hoje, Álvaro, um dos líderes do grupo, saúda a repetição do time.

Desde o ano passado, quando o Inter passou a disputar a Sul-Americana com os titulares, deixando o Brasileirão para os reservas, uma mesma escalação não era repetida. Na hora de responder sobre os motivos que impedem o Inter de repetir em 2009 o rendimento do fim de 2008, Álvaro sai em defesa dos companheiros. E projeta a partida desta noite:

— Vai ser um time diferente. E será diferente porque vamos repetir uma formação. Vamos crescer, podem apostar.

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