Enquanto rodava o mundo disputando torneios de tênis, Gustavo Kuerten nunca escondeu que um de seus maiores desejos era ver o Avaí, time do coração, ascender finalmente para a primeira divisão do Brasileirão. Figurinha carimbada na Ressacada, Guga aproveitava o espaço entre uma viagem e outra para apoiar o time e nada de subir para a Série A. Quis o destino que o sonho se realizasse justamente no ano em que o ídolo abandonou as quadras.

Coincidência ou sorte? Tanto faz para Guga, que, agora com tempo livre, promete não perder um jogo da equipe. 

—  Agora vou poder acompanhar bem. Tomara que o Avaí faça bonito na primeira divisão e fique de vez, né? Tem que ser um bom trabalho para se manter na Série A — afirmou o ex-tenista, enquanto se divertia no camarote da Marquês de Sapucaí, cenário mais famoso do carnaval brasileiro.

Folia na Sapucaí

Presente na folia carioca pela terceira vez, Guga acompanhou o desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro como nunca tinha feito na vida: sem restrições ou preocupações com o dia seguinte.

— Quando a gente ainda joga, sempre tem que pensar nos treinamentos, em manter a forma, ter esse cuidado. Agora, eu não me tenho mais isso. Essa festa é maravilhosa. É uma celebração que é a cara do povo brasileiro. Quem tiver a oportunidade, não pode deixar de participar.

Engana-se, porém, quem acredita que a vida de aposentado de Guga é molezinha. Recém-aprovado no curso de teatro em uma faculdade de Santa Catarina, o tricampeão de Roland Garros se divide entre as aulas, projetos sociais e ao próprio tênis. 

—  Não jogo mais profissionalmente, mas sigo fazendo exibições. Nunca vou deixar o tênis. Tenho trabalhado bastante também em projetos sociais, ajudando crianças e o tênis do Brasil. Parei de jogar, mas meus dias têm sido bem cheios — garantiu Kuerten, que curtiu os desfiles desta segunda-feira em um camarote com amigos.

As informações são do Globoesporte.com.