As investigações sobre a morte do juiz de Execuções Criminais de Presidente Prudente, José Antonio Machado Dias, de 48 anos, indicam que os responsáveis pelo crime seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que comanda cadeias paulistas.

O primeiro indício de que o crime não representa uma reação do grupo ligado ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, como se cogitou inicialmente, foi a constatação de que o carro utilizado pelos assassinos fora roubado antes da transferência do traficante para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Além disso, há outros indícios de que o crime foi planejado antes da chegada de Beira-Mar ao interior de São Paulo.

A morte do juiz não mudará os planos do governo federal sobre o destino de Beira-Mar. Ele continuará por mais alguns dias no presídio de Presidente Bernardes – o prazo de 30 dias dado pelo governador Geraldo Alckmin vence no dia 28.

A governadora do Rio, Rosinha Matheus, afirmou que Beira-Mar não volta mais para o Rio. Ela disse que agora o problema deve ser discutido entre os governos Federal e São Paulo. O governador do Acre, Jorge Vianna, descartou a transferência do traficante para o seu estado, onde está localizado o presídio federal do país.

O juiz Antonio José Machado Dias foi assassinado na noite de sexta, dia 14, em Presidente Prudente, a tiros, por ocupantes de um Fiat Uno que fecharam seu Vectra por volta das 18h30min. O crime ocorreu pouco depois de Dias deixar o fórum. Dias era responsável por conceder transferências e benefícios aos presos da região, inclusive aos da penitenciária de Presidente Bernardes, onde estão integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o traficante Fernandinho Beira-Mar, transferido de Bangu, no Rio, dia 27 de fevereiro.

Com informações da Globo News.