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 | 29/12/2008 10h15min

Figueirense, o time a ser batido, quer o bicampeonato na Copa SP

Alvinegro batalha por mais um título a partir deste domingo

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

O Figueirense começa a sua preparação para estrear nesta Copa São Paulo de Futebol Júnior com a responsabilidade do "time a ser batido", em função do título conquistado na edição passada. O alvinegro vai tentar o bicampeonato. Para isso, precisa passar pelo Grupo J, com sede em Osasco, onde vai enfrentar Força-SP, Marília e Misto-MS. A estréia é diante do Marília, domingo, às 16h. O elenco viaja na sexta-feira à noite.

A equipe foi formada pelo técnico Rogério Micale, campeão da última Copa SP e que foi demitido recentemente por contenção de despesas. Agora, o time será comandado pelo técnico Hemerson Maria, que subiu dos juvenis. O grupo é formado por jogadores nascidos nos anos de 1990 e 1991. Pelo menos dois deles estavam no grupo que levantou a taça em 2008.

O zagueiro Luiz Eduardo era titular. Formava o trio de zaga ao lado de Rafhael (emprestado ao Porto, de Portugal) e William Matheus (o único daquela geração mantido nos profissionais durante a última temporada).  Como é a terceira vez que ele disputa a competição, terá a missão de comandar a garotada em campo.

— A responsabilidade aumenta com o título conquistado este ano, e nós sabemos que vai ser muito difícil, mas estamos nos preparando da melhor forma para fazer uma boa campanha novamente — afirmou o jogador.

Outro que estava no time campeão é o volante Roberto, que era reserva mas atuou nos jogos decisivos contra São Paulo e Rio Branco (final).

— É bom, tem que acostumar desde cedo a grandes jogos, a gente sabe que a visibilidade vai ser muito grande, pelo título, todo mundo vai querer dar uma olhada no time campeão, isso é bom — comentou.

Eles terão que dar suporte aos mais novos, como os zagueiros Guti (que também atua na lateral) e Alexandre, que já foi titular no Brasileiro Sub-20, mesmo com duas gerações à sua frente. Ele atua na mesma posição que William Matheus.

— Vou me inspirar nele, ver o que ele acertou, as partes positivas e tentar melhorar para poder chegar onde ele está agora — ponderou.

Já Guti (que é uma abreviação de Gutieri, seu nome, e não tem nada a ver com o homônimo volante espanhol) busca inspiração em outro ídolo, Puyol, zagueiro da seleção da Espanha.

— Tem que se espelhar nos grandes para poder trilhar o mesmo caminho — observou o jogador, que foi descoberto no Moleque Bom de Bola e jogava futsal antes de chegar ao Figueira.

No ataque, uma das promessas é o jovem atacante Matheus, de 17 anos. Ele está animado com a oportunidade.

— É um grande campeonato, uma grande oportunidade de aparecer, a gente está trabalhando forte no dia-a-dia para chegar lá e fazer bonito — disse o fã do fenômeno Ronaldo.

Experiência de Alex Junio em campo

De todos os jogadores que vão disputar a Copa São Paulo, o que teve mais oportunidades nos profissionais foi o atacante Alex Junio. Baixinho, velocista, driblador, Alex atuou no Catarinense (entrou, inclusive, na final, contra o Criciúma) e ficou no banco de reservas no jogo contra o Grêmio, no Brasileiro.

Foram mais ou menos seis meses nos profissionais, trabalhando com jogadores tarimbados e ouvindo conselhos dos treinadores, como Alexandre Gallo. Uma experiência que pode ser importante nesta Copa SP.

— Tive uma base boa, subi dos juvenis direto para o profissional. Fui razoável no Estadual, joguei a final e mostrei meu trabalho. Teve o trabalho com o professor Gallo, que dava muito conselho. Ele pedia calma nos jogos, tranqüilidade, para tocar bem a bola. Ele explicava que a responsabilidade é dos mais velhos, mas nós garotos de 18 anos também temos a nossa responsabilidade como parte do grupo — lembrou o garoto.

 
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