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 | 24/10/2008 03h46min

Tite ainda afina seu trio de ouro

D´Alessandro, Alex e Nilmar jogaram 591 minutos juntos

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

Quando enfrentarem o Atlético-MG, amanhã, às 18h20min, Alex, D’Alessandro e Nilmar atuarão pela 10ª vez juntos no Inter. Chamado no Beira-Rio de “trio de ouro”, eles dizem que ainda precisam melhorar em termos de entrosamento. A partida contra o Boca foi o primeiro em que atuaram os dois tempos juntos. Ao todo, eles dividiram o campo em 591 minutos (equivalente a 6,5 jogos). Mas os números atestam a qualidade: em nove confrontos, foram seis vitórias, um empate, duas derrotas e 13 gols.

Apenas no 1 a 0 para o Sport, em Recife, os três passaram em branco. Nas demais partidas, sempre teve gol de um deles. Alex é o mais eficiente (sete), seguido por Nilmar (quatro) e D’Alessandro (três). As estatísticas animam os dirigentes, que esperam ainda mais. A afinação ainda está em estágio inicial.

— Ainda precisamos melhorar. Por exemplo, saber, quando estiver de cabeça baixa, o movimento que o companheiro irá fazer. Tocar sem olhar — explica Nilmar.

Segundo o atacante, esse entendimento com Alex já acontece de forma corriqueira. Quanto a D’Alessandro, ainda precisa de mais tempo para entrar em sintonia. Nilmar cita como obra dos três um dos gols no 2 a 1 contra o Botafogo. Recebeu passe de D’Alessandro, conseguiu se antecipar ao goleiro e evitar a saída da bola pela linha do fundo. Cruzou sem olhar, mas certo de que Alex estaria à espera da bola diante da goleira. À época, Nilmar explicou sem falsa modéstia: “Ele sabia quer era eu e alcançaria a bola”. Um dos responsáveis pela formação do trio, o assessor de futebol Fernando Carvalho sorri e comemora os primeiros arranjos de Nilmar, D’Alessandro e Alex.

— A qualidade que eles possuem proporciona um encurtamento nesse período de adaptação, aquela harmonia que só o tempo dá — diz.

As manobras do trio chamam a atenção na Europa. O diretor-técnico da Juventus, Renzo Castagnini, acompanhou a vitória do Inter sobre o Boca e se disse impressionado com a atuação de Alex e D’Alessandro. Segundo ele, são jogadores com potencial para atuar do outro lado do Atlântico:

— Alex tem passaporte italiano, D’Alessandro já atuou na Espanha, na Inglaterra e na Alemanha.

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