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 | 13/09/2008 13h10min

Técnico do Avaí diz que fez bem a Válber ficar de fora da partida

Marquinhos: Se perdêssemos, o mundo avaiano ia cair por ter deixado o Valber fora

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

O técnico Silas fez uma opção ousada para o jogo desta sexta-feira, quando o Avaí virou e venceu o Fortaleza na Ressacada. Com a opção de ter o meia Válber pelo menos no banco, já que o jogador se recuperou de dores no púbis e estava à disposição, o técnico preferiu mantê-lo fora e sequer relacionou o jogador.

— Chegou o momento da humildade, o momento de pensar no Avaí e de não pensar em si próprio. Eu deixei o Válber de fora, que é um jogador importantíssimo, porque o Válber fez um coletivo só. O Válber ficou chateado, isso é normal. Assim como o Cássio ficou chateado lá em Santo André. Hoje eu dei um abraço nele (Cássio) e falei 'Olha aí a partida que você fez' — disse o técnico.

A ousadia de Silas não seria menor se tivesse colocado o meia em campo, já que, segundo o próprio técnico, poupá-lo foi mais prudente e inteligente para a continuidade da Segundona, principalmente pelas condições difíceis em que o gramado estava, facilitando a ocorrência de novas lesões.

— O Válber quando acabou o jogo foi lá, me deu um abraço, pediu desculpas e eu disse 'Válber eu preciso de você'. Agora, com alguns treinamentos, ele vai voltar a ser o Válber que todo mundo conhece para dar a arrancada final, onde ele é peça importantíssima para conseguir o acesso — explicou o técnico, que contou com ainda com Marquinhos e sua experiente vivência com a torcida avaiana em um comentário após a partida.

— O Marquinhos, quando acabou o jogo, me falou: 'Silas se a gente perde esse jogo aqui ia cair o mundo avaiano em cima da tua cabeça por ter deixado o Valber de fora' — finalizou o técnico.

Técnico não mede sacrifícios

Em paz com sua consciência e também com seus comandados, Silas vai mantendo um ritmo de trabalho invejável a qualquer clube da Segundona. O técnico perdeu apenas três partidas desde que assumiu o Leão e demonstra muito carinho e proteção com seus jogadores, baseando seu comando no diálogo, na paciência e, principalmente, na dedicação ao seu trabalho.

Com mais esta vitória à frente do Avaí, Silas disse que a responsabilidade vai aumentar e isso significa sacrificar-se mais pelo time, o que resulta em menos visitas à sua família em Campinas (SP). Mas, de acordo com ele, nada se pode se comparar à subida do Leão para a elite do futebol brasileiro.

— A vitória foi boa, mas ela significa mais responsabilidade, mais trabalho, mais dedicação, menos ir pra Campinas ver a família. Mas todo o sacrifício que a gente fizer vai ser pequeno comparado a colocar esse time na Série A. Agora faltam 14, então vamos lá — finalizou, ao melhor estilo do técnico avaiano.

 
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