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 | 09/09/2008 11h34min

Celso Roth deixa sede da Polícia Federal

Técnico do Grêmio é um dos investigados na Operação Ouro Verde, deflagrada pela PF no ano passado

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

O técnico do Grêmio, Celso Roth, depôs nesta manhã na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Porto Alegre. Ele é um dos investigados na Operação Ouro Verde, indiciado por evasão de divisas. A operação, deflagrada no ano passado, apura evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O depoimento terminou por volta das 11h25min. Roth deixou a sede da PF pela garagem. O técnico prestou esclarecimentos ao delegado Alexandre Isbarrola, chefe do Grupo Repressão a Crimes Financeiros da PF.

— Ele (Roth) consta como investigado, veio prestar depoimento. Não só ele, como inúmeras outras pessoas que tiveram algum tipo de relação com o banco paralelo que foi investigado na Operação Ouro Verde agora são investigadas. Conforme inclusive havíamos falado ano passado, a previsão era de que se instaurasse em torno de mil inquéritos. E já existem em torno de 400 a 500 pessoas sendo investigadas porque tiveram relação por fazer algum tipo de operação que pode ou não ser irregular, é isso que estamos verificando.

Questionado sobre se a investigação em relação a Roth é recente, já que o técnico está no Estado desde o início do ano e a Ouro Verde foi deflagrada no ano passado, Isbarrola respondeu:

— Esse inquérito foi instaurado em julho de 2007. Foram feitas inúmeras diligências no inquérito e chega momento em que as pessoas que são investigadas são chamadas a prestar esclarecimento e explicar aquelas operações que envolvem o nome delas.

O nome da operação é uma referência aos dólares que supostamente eram enviados para fora do país ilegalmente. Conforme apurado pela PF, a organização criminosa investigada funcionaria como se fosse um sistema bancário paralelo. A quadrilha realizaria operações financeiras - empréstimos e aplicações - sem comunicar o Banco Central e intermediaria compras no Exterior, sem o recolhimento de impostos. O esquema, descoberto no ano passado, estaria funcionando há mais de uma década.

Robinson Estrásulas / 

Roth (esquerda), ao deixar a sede da PF em Porto Alegre
Foto:  Robinson Estrásulas


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