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 | 31/08/2008 19h25min

Roth não quer confiança exagerada entre os jogadores

Técnico gremista evita euforia após dez rodadas na liderança do Brasileirão

Na saída de campo após a vitória do Grêmio sobre o Vasco por 2 a 1, jogadores gremistas admitiram que o time disputa o título do Brasileirão - assunto até então tratado como um tabu no Estádio Olímpico. E as afirmações soaram como um desabafo de um grupo que já passou por três eliminações em 2008.

Mas na entrevista coletiva, o técnico Celso Roth procurou amenizar as declarações dos jogadores, interpretando a maneira como o grupo se admite na briga pelo título do Brasileirão, e procurando manter a calma.

- Vamos manter a calma. É bom ver os jogadores assim. Mas a confiança não pode ultrapassar a linha tênue do demérito. Ainda é um momento perigoso - avalia.

Antes disso, entretanto, o próprio técnico do Grêmio falou sobre a liderança, que já atravessa dez rodadas:

- É muito cedo, o campeonato continua em aberto. Não podemos fugir disso. O que temos que ter sempre é a mesma humildade, a mesma postura. Esse entusiasmo (da torcida), que é avassalador, tem que controlar - justifica.

Sobre a partida, Celso Roth acredita que o Grêmio não fez um bom primeiro tempo. Os gols tricolores saíram na etapa final, e o Vasco chegou a empatar - logo em uma das maiores virturdes gremistas: bola aérea. Os três gols do jogo foram de cabeça.

- O time está consciente do que pode fazer, mas não podemos tomar gol deste jeito, em uma bola treinada - reclama.

Roth fez ainda uma avaliação positiva do meio-campo, pela primeira vez formado desde o início com apenas um volante - Rafael Carioca - mais os articuladores Tcheco, recuado em comparação ao formato anterior, e Souza.

- A gente sabia que o Tcheco vindo detrás teria muita qualidade. E trabalhando de frente, o que é melhor ainda. Ele desarma sem falta, ele e o Carioca. O Souza dispensa comentários. E o Magrão volta na próxima rodada. Vamos ver - elogia.

No próximo final de semana, o Grêmio enfrenta o Fluminense fora de casa. Mas só o fato de ter uma semana inteira para treinar já motiva Roth:

- Nosso treinamento vinha sendo o "treinamento invisível". Vamos ter uma semana para trabalhar, treinar, mudar alguma coisa e afirmar outras - projeta.

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