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 | 31/08/2008 17h51min

Precisamos levar o Avaí para a Série A , diz o presidente Zunino em entrevista

Presidente aponta dois desafios para levar o Leão à elite do futebol

Maurício Frighetto  |  mauricio.frighetto@diario.com.br

O presidente do Avaí, João Nilson Zunino, tem dois desafios: primeiro, o de levar o Leão à Série A do Brasileiro. Mas, depois, vai trabalhar para o clube permanecer na elite do futebol nacional. De acordo com o dirigente, o planejamento para estas conquistas começou no ano passado, principalmente com a parceria com a LA Sports e a Traffic.

Caso o time consiga o acesso, Zunino explicou que a formação do elenco vai ser semelhante à do atual: manter a maioria dos jogadores e trazer reforços. O presidente sabe, no entanto, que deve perder alguns atletas.

— Mas, com toda certeza, serão perdas pontuais e que serão compensadas com novas aquisições.

Nesta entrevista ao Diário Catarinense, Zunino fala dos desafios da sua gestão, do que pensa do elenco e das obras que serão realizadas no Estádio da Ressacada.

Desafios e gestão

— Somos a maior torcida do Estado, segundo pesquisas, e nos tornamos conhecidos nacionalmente. Temos que dar crédito ao nosso torcedor número um, o Guga. Começamos, ano passado, um novo modelo de gestão. Precisamos levar o Avaí à Série A e fazer com que fique definitivamente lá. Fizemos um planejamento no começo do Brasileiro do ano passado e, como todo início, tivemos problemas, já que conseguimos apenas quatro dos primeiros 21 pontos disputados - menos de 20% de aproveitamento. Mas o mais importante foi o contrato ou a forma de cooperação com a LA Sports e Traffic, que continuou. Foi a melhor coisa que aconteceu no ano passado. Aproveitamos o que teve de bom e conseguimos trazer para este ano de 2008.

Exemplos

— Precisamos dizer que não nos consideramos na Série A. Temos que lembrar de duas coisas. O Goiás, em um ano, terminou o primeiro turno na lanterna e, no segundo, na ponta de cima da tabela. Assim como o Criciúma, no ano passado, que liderou o primeiro turno e não subiu. A nossa diferença, quero acreditar nisso, é que continuamos conversando com a comissão técnica e agregando mais valores a este grupo para que possamos manter a performance.

Dificuldades

— Na Série A, caso chegarmos, devemos ter um aumento de receita de, pelo menos, 80% ou até 100%. O planejamento continua em manter o grupo e aumentá-lo. Estamos analisando alguns jogadores que podem fazer parte do elenco deste ano mas, principalmente, do ano que vem. Além de que, não estou dizendo que não vamos perder jogador, mas, com toda certeza, serão perdas pontuais e que serão compensadas com aquisições.

O cérebro atual

— Temos um elenco de excelente padrão. Mas digo que o cérebro é o Marquinhos. Ofertaram muito dinheiro para ele ir ao Santos. Ele teve a hombridade e a personalidade de manter a palavra. Ele disse que nunca teve a felicidade de começar e terminar uma competição. Ou porque teve lesões ou porque foi negociado de um lado para o outro. Disse que queria realizar isso no Avaí. Ele ficou balançado com a proposta, o que é comum, mas levou em conta o que tínhamos conversado. Foi ele, o Valber e o Batista que, em nome dos outros, deram a declaração de que ninguém sairia do Avaí. E pediram para eu fazer a declaração também.

Reformas

— Temos alterações positivas no patrimônio. Em breve deveremos ter um estádio com capacidade para aproximadamente 35 mil torcedores, 380 camarotes e todo coberto. Mas ano que vem devemos aumentar a capacidade em mais 7 mil lugares. Vamos fazer mais três degraus abaixo das arquibancadas atrás dos gols e cinco abaixo das cadeiras novas.

Campanha de sócios

— Estamos beirando os 9 mil sócios e logo vamos fazer uma nova campanha. Esperamos chegar a 12 mil ainda neste ano.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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