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 | 30/07/2008 19h04min

Giovane Gávio aposta em Brasil determinado para dar o troco em Pequim

Derrota diante dos EUA na semifinal da Liga foi um deslize, disse o ex-jogador

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

Mesmo com a derrota do Brasil diante dos EUA na semifinal da Liga Mundial, em pleno solo verde e amarelo, o técnico da Tigre/Unisul, Giovane Gávio, medalhista de ouro em Barcelona e Atenas, mantém firme a sua esperança de que a seleção é favorita em Pequim. Mais que isso, Giovane acredita que o fator psicológico estará em favor dos jogadores brasileiros, que vão querer dar o troco na Olimpíada.
 
— Os Estados Unidos são extremamente disciplinados e marcam muito bem o adversário. O Brasil sempre teve dificuldade de jogar contra eles, é uma equipe que é pedra no sapato. Mas aí, o fator psicológico na Olimpíada estará ao nosso favor, já que estarão com muita raiva. A confiança, eu não sei, mas a disposição, estará forte, sem dúvida. Veremos um Brasil muito mais determinado e querendo vencer.

Apesar da Liga Mundial ter sido encerrada com o pódio dos norte-americanos e o desperdício de comemorar em casa o octacampeonato, Giovane minimizou a derrota na semifinal e lembrou que, em ano olímpico, a Liga não se faz tão importante. O técnico também preferiu não apontar falhas na equipe comandada por Bernardinho.

— O que acontece na Liga Mundial não é tão importante quanto na Olimpíada. É muito delicado falar o que faltou para a seleção. São momentos dentro do jogo em que você transforma duas oportunidades em pontos e muda toda a partida. É definido em pequenos momentos, detalhes e até mesmo a sorte.

Experiente nos jogos em casa defendendo a seleção, Giovane também enfatizou um aspecto negativo: a pressão da torcida, fator apontado também por Bernardinho.

— Todo mundo sente por jogar dentro do Brasil, a torcida é mais apaixonada e cobre tudo de perto. O próprio Giba está com os holofotes em cima dele, está sendo pressionado por uma série de fatores. Tem que isolar e blindar a equipe, mas mesmo assim é difícil — explicou.

Do outro lado do mundo, será diferente. Esta é a afirmação que Giovane não deixa de fazer. Para ele, o Brasil é favorito em qualquer competição e isto poderá ser confirmado em Pequim, independente do deslize na Liga Mundial.

— O Brasil é favorito em qualquer competição que participe. Aconteceu um deslize, uma situação ruim, principalmente pela expectativa dentro de casa ser muito grande. Mas, em Pequim, podem ter certeza que o time vai crescer bastante — completou.

 
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