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 | 26/07/2008 06h34min

Wianey Carlet: Lanterna traíra

Se a tabela de classificação for usada como única ferramenta de informação, será obrigatório profetizar uma vitória do Inter, esta tarde, em Ipatinga, sem muitas dificuldades. O time mineiro é, simplesmente, o lanterna do campeonato. Porém, se forem levados em conta os últimos três jogos do Ipatinga, será inevitável perceber que a equipe atravessa um momento de crescimento. Empatou em dois gols com o Cruzeiro e goleou a Portuguesa por 4 a 1, na sua casa, e perdeu por 1 a 0 para o Coritiba, no Paraná. Não é nenhuma maravilha, mas, jogando em Ipatinga, foram quatro pontos ganhos em seis disputados. E a derrota para o Coritiba foi por escore mínimo. Com este retrospecto, repito, nas últimas três rodadas, o mínimo que se deve recomendar é uma certa parcimônia na euforia. O Inter continua, digamos, favorito para ganhar o jogo. Mas será rematada imprudência projetar goleada, por exemplo. O Ipatinga está mostrando que na sua casa pode ser uma pedra no sapato. E nem estou lembrando que empatou com o São Paulo em pleno Morumbi. Este Ipatinga tem todo o jeito de ser um "lanterna traíra". Se faltar atenção, o bicho escapa.

Reação colorada

A alegria da torcida colorada não se prende, obviamente, ao sétimo lugar que a equipe ocupa na tabela de classificação. A brilhante reação empreendida desde a chegada de Tite e a volta de Fernando Carvalho é que fizeram os colorados recuperar a confiança que a passagem pela zona de rebaixamento abalara profundamente. Acrescentem-se as contratações bem feitas e a brilhante vitória sobre o São Paulo e se terá o conjunto de causas que justifica a retomada da esperança. Só estão faltando, agora, vitórias fora de casa. Este quesito ainda está aberto. Se o Inter trouxer três pontos de Ipatinga, estará aberto o caminho para aceitáveis ambições. Mas é indispensável, para que a recuperação seja total, que o Inter vença longe do Beira-Rio. Começando hoje, preferencialmente.

Dupla infernal

Este ano poderá ficar marcado como a temporada em que a torcida da dupla Gre-Nal foi obrigada a refazer os seus conceitos sobre treinadores. Poucas vezes se viu um treinador ser alvo de tão elevado índice de rejeição quanto Celso Roth pelos gremistas. Tite, embora em dose menor, também fez os colorados torcerem narizes, até aparecerem os primeiros resultados positivos.

Não sou xenófobo e nem curto o pensamento provinciano de que tudo no RS é melhor. Eu sei que é, mas não digo. Brincadeirinha. Mas, quando se trata de treinador, tenho especial predileção por profissionais formados no RS. Eles não se fazem pelo discurso de boteco, tão comum no futebol. Formam-se apoiados em estudos, observações, comprometimento com princípios bem definidos e integrados ao gosto pelo futebol competitivo.

Celso Roth e Tite foram formados nesta escola gaúcha de treinadores. Assim como tantos outros, entre eles, o profissional brasileiro de maior sucesso no Exterior, em todos os tempos: Luiz Felipe Scolari. Tite e Roth gostam de futebol jogado no estilo predileto dos gaúchos. No Rio Grande do Sul, aplaude-se um carrinho salvador tanto quanto um balãozinho que humilha o adversário. Ou mais. Neste momentos, os sonhos e pretensões de gremistas e colorados estão fortemente alicerçados em dois nomes: Celso Roth e Adenor Bachi. Só a teimosia tacanha seria capaz de negar esta realidade.

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