| 21/02/2008 18h28min
A leitura do requerimento da oposição que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva do Senado para investigar o uso de cartões corporativos por parte de servidores e autoridades públicas ficou para a próxima semana. O presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-SP), viajou para São Paulo logo após o encerramento da sessão do Congresso Nacional, onde foi lido o requerimento de criação da CPMI sobre o tema.
Ele deixou o parlamento com a promessa de que lerá, no início da semana que vem, o requerimento da oposição. Garibaldi é um crítico do funcionamento paralelo de duas comissões de inquérito sobre o mesmo assunto. O senador também critica as atitudes adotadas pela base aliada e a oposição quando o assunto é a investigação do uso do cartão corporativo:
— Eu estou vendo que uma ou duas CPIs com esse clima não vão muito longe.
Hoje, o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), voltou a defender o boicote da oposição à CPMI, caso
não tenham a presidência da
comissão. Antes de decidir com a bancada na Câmara e o PSDB uma estratégia única, Agripino Maia quer conversar com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para ter uma posição oficial dos governistas sobre o assunto:
— Se nos for negada a presidência, nós não vamos insistir. Eu apenas quero me reunir com os partidos de oposição para avaliar a conveniência de indicação de membros. Agora, a indicação de membros para a CPI do Senado será automática.
Pessoalmente, José Agripino Maia defende que o DEM e o PSDB não indiquem integrantes para a CPMI caso não haja acordo com os governistas. Ele ressalva, no entanto, que essa não é uma posição partidária e, sequer, dos tucanos.
Garibaldi no plenário com os senadores José Sarney (AP) e Mão Santa (PI), também do PMDB
Foto:
Wilson Dias, ABr
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