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 | 15/02/2008 04h08min

Quantidade de jogadores versáteis acirra disputa por uma vaga no time

Segundo jogadores, disputa é resultado do comprometimento assumido no final de 2007

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

Causou estranheza a ausência de Edinho no treino do Inter de ontem à tarde. O volante passou a tarde na caixa de areia, em trabalho especial de reforço no tornozelo direito, lesionado na pré-temporada. Indagado sobre sua presença na partida de amanhã, às 16h, contra o Guarany, ele se apressou em dizer:

— Vou para o jogo.

Reações como a de Edinho são comuns no Inter de 2008. Devido à versatilidade dos jogadores, há substitutos diretos em todas posições. Ficar de fora em um jogo pode significar a perda da vaga em definitivo.

— Tem que se cuidar, se der uma resposta mais ou menos, não serve — avisa Alex.

São muitos os exemplos. Nesta semana, o técnico Abel Braga recusou Diogo Rincón por já contar com Andrezinho. Rincón, para ele, seria terceira alternativa como articulador. No gol, Renan abriu mão das férias para treinar e se apresentar em forma no Torneio de Dubai. Na semana passada, voltou correndo de Dublin, na Irlanda, onde estava com a Seleção, para jogar em Pelotas. Afinal, do lado de fora está Clemer, personagem dos títulos recentes.

O trio de zagueiros sofre a concorrência direta de Índio, titular no ano passado, e Danny Moraes, em ascensão. Índio entrou contra o São José e mostrou serviço. Guiñazu sobre disputa:

— É o mais bonito em um grupo.

O próprio Edinho acelerou o retorno para jogar em Dubai e agravou a lesão no tornozelo. Maycon entrou e deu conta do recado. Andrezinho, no meio, e Gil, Adriano e Guto, no ataque, estão ávidos por chance. Mas lá na frente, Iarley é quem está de dono da posição do machucado Nilmar.

— Não podemos dar uma "brechinha" sequer. Mas quem ganha com isso é o Inter — diz Wellington Monteiro, ameaçado por Bustos na ala direita.

Segundo os jogadores, disputa acirrada por vaga é resultado do comprometimento assumido no final de 2007. Ninguém reclama de espichar o treino ou aumentar a carga na sala de musculação. Até porque bom desempenho depende de boa forma.

— Os caras estão se matando. Todos estão ligados e querem jogar. Isso é o mais bonito que pode acontecer em um grupo — afirma Guiñazu.

 
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