O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani anunciou nesta quarta-feira sua saída da corrida pela presidência dos Estados Unidos e ofereceu seu apoio ao senador e pré-candidato republicano John McCain. Em um comício na Califórnia, Giuliani disse que resolveu dar seu apoio a McCain porque acha que este é o "candidato mais qualificado" para ocupar a Casa Branca.

A decisão de Giuliani de abandonar a corrida eleitoral foi influenciada pela derrota sofrida ontem nas prévias da Flórida, Estado em que ele esperava poder relançar sua pré-candidatura. No entanto, o ex-prefeito ficou em terceiro lugar, com a preferência de 15% dos votantes, muito atrás de McCain, que recebeu 36% dos votos, e do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney (33%).

Em seu pronunciamento, Giuliani disse que, quando entrou na corrida presidencial, passou muito tempo pensando nas qualidades que um líder deve ter e em quem teria "força para enfrentar os tempos difíceis, visão para vencer os desafios e perseverança para alcançar as metas traçadas".

— Logicamente, eu achava que era a pessoa que cumpria todos esses requisitos, mas infelizmente os eleitores não pensaram dessa maneira — acrescentou.

Por isso, o agora ex-pré-candidato decidiu dar seu apoio a McCain, senador pelo Estado do Arizona e "um herói americano" que, em suas palavras, tem o que é preciso para chegar à Casa Branca.

— É um homem íntegro e de honra e que demonstra caráter. Éramos amigos, depois fomos concorrentes durante a campanha e agora continuamos sendo amigos — declarou.

Giuliani lembrou que ao longo da disputa tinham lhe pedido para gravar um anúncio eleitoral contra McCain, algo a que se recusou.

— Sempre tive consideração por ele. Continuaremos amigos. Este país terá um presidente preparado — disse Giuliani, que comentou que ambos são a favor da diminuição dos impostos e criticam o desperdício do dinheiro público.

O ex-prefeito também anunciou que ele e McCain farão campanha juntos na Califórnia, em Nova York, em Nova Jersey e em Illinois.

— Participarei do resto da campanha como se fosse a minha — disse.

McCain, por sua vez, se disse "profundamente honrado" com o apoio de Giuliani, a quem se referiu como um "autêntico herói nacional".