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 | 22/01/2008 05h31min

Bolsas asiáticas fecham em queda de até 7,22%

Tensão nos mercados faz pregões despencarem pelo segundo dia consecutivo

Atualizada às 09h06min

Pelo segundo dia consecutivo, o temor por recessão nos Estados Unidos provocou uma forte queda nos mercados asiáticos. Na China, o índice geral da Bolsa de Xangai fechou com baixa de 7,22%, a maior desde 4 de junho, enquanto a de Shenzhen caiu 7,06%. Em Xangai, o índice caiu 354,69 pontos, para 4.559,75. Em Shenzhen, a queda foi de 1.215,07 pontos, aos 15.995,85.

O volume de negócios conjunto das duas bolsas somou 232 bilhões de iuanes (US$ 32,057 bilhões), acima dos 199,8 bilhões de iuanes (US$ 27,599 bilhões) registrados ontem, um aumento que reflete a intensa atividade do pregão.

Já o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou com baixa de 752,89 pontos (5,64%), aos 12.573,05. Esta queda colocou o Nikkei em seu nível mais baixo desde o dia 8 de setembro de 2005. O índice Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 73,79 pontos (5,70%), para 1.219,94, seu registro mais baixo desde 9 de outubro de 2005.

Na Índia, a Bolsa de Mumbai foi suspensa durante uma hora devido à forte queda registrada pelo índice Sensex, que caiu 1.716 pontos (9,75%) em apenas uma hora de pregão. O Sensex, que reúne as 30 companhias com maior valor de mercado da Índia, se encontra congelado nas 15.888 unidades, apenas 12 dias depois de superar os 21 mil pontos.

O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coréia do Sul, também seguiu as baixas dos mercados e fechou hoje com queda de 74,54 pontos (4,43%), para 1.609,02. O índice de valores tecnológicos desabou 37,07 pontos (5,69%) aos 614,80. Trata-se da sexta maior queda do Kospi em toda sua história. Apesar disso, o principal índice sul-coreano recuperou no fechamento os 1.600 pontos, após ter ficado abaixo dessa barreira psicológica durante a sessão pela primeira vez em oito meses.

Medo de recessão nos EUA abala mercados

Além da preocupação com a recessão nos Estados Unidos e o desapontamento com o pacote fiscal anunciado pelo presidente George W. Bush, os investidores assimilaram a indicação de que o Banco da China pode ter perdas bilionárias devido à exposição ao crédito hipotecário de alto risco, ou subprime. Os temores derrubaram ontem as bolsas asiáticas e as européias, que tiveram a maior queda desde 11 de setembro de 2001, data dos ataques terroristas nos Estados Unidos.

Segundo analistas, uma série de eventos complicou os pregões de segunda-feira. Entre estes fatores estão o feriado nos Estados Unidos, que tirou o referencial externo e limitou a liquidez e as notícias de perdas para instituições financeiras na China.

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EFE
 
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