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 | 06/11/2007 14h11min

Ex-presidente da Federação Paranaense é preso

Onaireves e Moura é acusado de ter criado um esquema para desvio de dinheiro da entidade

Atualizado às 15h14min

O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Rolim de Moura, foi preso na manhã desta terça-feira, juntamente com outras oito pessoas pelo Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce). Ele é acusado de ter criado um esquema para desvio de dinheiro que deveria entrar na FPF. Como os recursos estavam penhorados para dívidas trabalhistas e tributárias, parte entrava numa tal de Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar).

Segundo a polícia, já se comprovou o desvio de R$ 5 milhões. Além disso, a FPF também não faria contabilidade do dinheiro arrecadado com a locação do pátio do Pinheirão para um feirão de automóveis. Moura teria também criado uma igreja em Camboriú (SC), chamada Rede de Deus, para lavar o dinheiro. Foram presos outros funcionários da FPF, além do arrendatário do pátio. Ele ainda não constituiu advogado.

Vinícius Gasparini, advogado da FPF, que defende o cartola em outros processos, informou que não vai representar Moura neste inquérito policial e que o ex-presidente da FPF ainda não constituiu advogado de defesa. Segundo Gasparini, o inquérito policial ainda vai ouvir as partes. As informações são do site G1.

— Todos estão juntos, cumprindo prisão provisória, para o caso de haver a necessidade de uma acareação. Vamos aguardar para ver se as acusações se confirmam ou não.

A polícia cumpriu um mandado de busca na sede da FPF e nas residências dos detidos. Um dos mandados de prisão foi cumprido em São Paulo, no escritório de contabilidade de uma das empresas suspeitas de envolvimento e na sede de um clube no Paraná. A polícia informou que a FPF não fazia contabilidade do esquema.

Moura foi presidente do Clube Atlético-PR durante a conquista dos títulos estaduais de 1982 e 1983. Ele venceu as eleições para a presidência da FPF em 1985. O cartola ficou no cargo até junho deste ano, quando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva o afastou por seis anos. Eleito deputado federal em 1989, envolveu-se em um escândalo de compra de votos e teve seu mandato cassado.

Agência Estado
 
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