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 | 06/11/2007 07h17min

Ruy Carlos Ostermann: Todo mundo

O fato que está se abatendo sobre muitos pretendentes às ultimas vagas de Libertadores e Sul-Americana é, antes de mais nada, o pesado desgaste físico e emocional a que todos estão submetidos, uns mais, outros menos, depende de como são os recursos humanos e a boa política de conduzi-los. O Brasileirão não terminou, mas está no fim. Tem seu maravilhoso campeão, o São Paulo, e tudo o mais está aberto e suscetível de mudar nessas últimas três rodadas. Estão em dificuldades quase todos menos o Santos, que vem crescendo e deverá ser o vice, uma façanha de Luxemburgo que quase viu o time se desestabilizar, mas soube trazê-lo de volta.

O Grêmio com os prejuízos recentes — e ainda os que esta semana de STJD pode trazer — faz parte do considerável grupo dos que baixaram de rendimento. Não será fácil reencaminhar o time. A curiosidade imediata é saber-se que São Paulo joga amanhã no Alfredo Jaconi porque esse deverá ser o adversário do Grêmio, domingo, no Morumbi. Nesse exato momento, se o Grêmio vencer seus três últimos adversários, salta para a terceira posição, está na Libertadores e muito feliz.

Fenômeno

O fenômeno da volta triunfal de Nilmar e ao Inter é se creditar a ele tudo o que foi capaz de fazer o time em São Januário. É um exagero, muitas partes funcionaram bem e se impuseram. Mas é verdade que Nilmar com sua vivacidade, arranque, inteligência e participação efetiva no ataque se constituiu num fato tão novo e promissor que tudo o mais foi junto na aclamação da vitória. Os elogios que saem de todos os lados, até porque não há outro centroavante em atividade com o potencial dele, são justos e não estão como conceito generoso na volta de Nilmar ao futebol. Sábado, contra o Cruzeiro, será a volta de Nilmar ao Beira-Rio, uma multidão vai prestigiá-lo.

Síntese

No outro fim de semana, a Seleção volta a jogar nas Eliminatórias, primeiro em Lima, depois no Morumbi. Pára o Brasileirão à exceção do jogo Palmeiras e Fluminense, na quarta-feira, numa simetria com o jogo de amanhã em Caxias, também isolado. Dunga chegou a uma síntese que é a Seleção. Fora a questão Rogério Ceni, endossada até pela Fifa na escolha dos melhores, não há a reivindicação de nenhum outro jogador. A volta de Nilmar assim como a inevitável afirmação de Alexandre Pato no Milan, onde ainda não pôde jogar, serão reforços, o futuro da Seleção em 2008 passa por eles.

Entrevista

Hoje, a partir das 19h, Alcyr Cheuiche, ex-Patrono e uma das figuras centrais da Feira do Livro, será entrevistado pelos meus oficineiros. Estou exigindo deles o método adotado no Encontros com o Professor: uma entrevista sentada (é do Brossard a definição, perfeita), com tempo para a respostas e audiência contínua do entrevistador, um razoável conhecimento prévio que seja capaz de evitar as perguntas óbvias e corriqueiras e, sobretudo, que permita a fruição alegre do novo conhecimento ali celebrado.

E como prova, quinta-feira sou eu quem entrevista nesses termos o jornalista e escritor Eric Nepomuceno.

 
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