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 | 11/10/2007 08h25min

Paulo Roberto Falcão: Por que não?

Por defender há muito tempo a idéia de que os times brasileiros precisam evoluir para o uso de três atacantes, não me desagrada esta tendência de mudança em Grêmio e Inter para os jogos do fim de semana. Pelas informações dos repórteres, Mano Menezes deve recuar Jonas para o meio, jogando como fazia no seu início de Guarani, e Abel Braga parece disposto a continuar testar mais uma vez Fernandão na meia. Claro que não basta escalar três atacantes para se ter um time ofensivo, é preciso ajustar a movimentação, o esquema e, especialmente, encontrar os jogadores adequados para cumprir as funções.

Parece uma idéia simples, mas não é. Cada um destes jogadores deve entrar em campo bem instruído sobre o que fazer. É preciso saber como a bola vai chegar nos atacantes, como será o trabalho de cada um quando o time for atacado. Se tudo isso for bem ajustado, é um esquema que pode dar certo. Hoje, o futebol está padecendo de chegadas mais fortes ao ataque porque ou os esquemas são defensivos demais ou ofensivos. O meio termo, neste caso, é o ideal e, especialmente, o equilíbrio entre defender e atacar.

A França campeã do mundo foi um bom exemplo deste equilíbrio. A seleção tinha dois volantes, logo em seguida uma linha de três jogadores móveis, habilidosos e competentes para chegar a todo momento no ataque e, na frente, Henry. Visto no papel parecia um esquema fechado. No campo, a França era uma equipe ofensiva porque todos aqueles jogadores estavam adaptados à forma de jogar. Se Grêmio e Inter conseguirem um ajuste assim, estarão no bom caminho.

Abandono

Jorginho, o auxiliar de Dunga na Seleção, tem toda a razão para o desabafo e as críticas ao gramado do Maracanã. É espantoso como o estádio de futebol é seguidamente desrespeitado naquilo que ele deveria ter de mais sagrado - o gramado. Além de espetáculos musicais e religiosos sobre a grama, desta vez os organizadores do Pan se encarregaram do prejuízo. O gramado do Maracanã foi arrancado, reposto depois dos Jogos, mas não teve tempo de recuperação. Está defeituoso, com buracos, como constatou Jorginho. É um atentado ao futebol.

Curiosidade

Uma das maiores expectativas para esta fase de Eliminatórias será ver como se comportará o Chile sob o comando do argentino Marcelo Bielsa. Estou curioso para conferir. Bielsa fez um grande trabalho na seleção argentina nas Eliminatórias para 2002, mas acabou atropelado por resultados ruins na Ásia. Agora, volta a ter uma boa chance. O Chile nunca foi uma equipe forte. Talvez mude com a filosofia de Bielsa.

A volta

A boa notícia do Inter foi o treino de Nilmar na manhã de ontem. Ele parece recuperado, mas deve ter paciência. No caso dele, o Inter não pode ter pressa. Se der para utilizar logo, tudo bem, mas parece mais um jogador para o ano que vem.


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