Os técnicos considerados de ponta do futebol brasileiro estão cada vez mais distantes do Beira-Rio. Apesar de estar atrás de um grande nome, que saiba montar um grupo vencedor com as poucas opções disponíveis, os dirigentes colorados têm encontrado um obstáculo nas negociações: o salário exigido pelos profissionais, geralmente acima dos R$ 100 mil, valor fora dos padrões do clube gaúcho.

O último técnico lembrado para o cargo foi Levir Culpi, que comandou o Palmeiras no Brasileirão 2002 e não conseguiu evitar que a equipe caísse para a Segunda Divisão. Porém, o efeito da mancha negra no currículo parece não ter afetado o prestígio do treinador, que teria pedido cerca de R$ 100 mil mensais para trabalhar do Inter em 2003.

Com sérios problemas financeiros, o clube pode buscar uma solução entre os técnicos considerados de segunda linha do futebol nacional. A direção colorada, contudo, teme repetir os erros de 2002, quando apostou todas as fichas em Ivo Wortmann, que não chegou sequer a iniciar a disputa do Campeonato Brasileiro, e depois em Guto Ferreira, que durou pouco tempo na função.