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 | 10/11/2002 19h45min

Missão do FMI chega ao país para discutir acordo

Coordenador da equipe de transição de Lula participará das negociações

Chega ao Brasil nesta segunda, dia 11 de novembro, a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) responsável pela primeira revisão do acordo fechado em agosto último. Dessa revisão depende a liberação, no mês que vem, de um empréstimo de cerca de US$ 3 bilhões. Esse dinheiro é mais uma parcela da linha de crédito de US$ 30 bilhões, que serão liberados até o final de 2003. Até agora, já foram sacados US$ 3 bilhões.

Os representantes do FMI devem permanecer no país até o próximo dia 20. As atenções estarão voltadas para a meta de superávit primário (economia de dinheiro para o pagamento de juros) a ser cumprida pelo governo. Especula-se que o FMI poderia exigir do Brasil um maior aperto fiscal. O governo está comprometido em obter um superávit de 3,88% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e de 3,75% em 2003. Tanto a atual equipe econômica quanto a equipe de transição do Partido dos Trabalhadores (PT) dizem que um aumento dessa meta não seria necessário.

A missão que chega ao país será chefiada, pela primeira vez, pelo argentino Jorge Marquez-Ruarte. Ele estará acompanhado por Lorenzo Perez, que era negociador do FMI para o Brasil e deixou o cargo após uma reestruturação na hierarquia do Fundo. Do lado do governo, o principal interlocutor será o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Pelo lado do governo eleito, o coordenador da equipe de transição do PT, Antônio Palocci Filho, também deve se encontrar com os representantes do FMI.

Em data não marcada, mas de preferência ainda no contexto da primeira avaliação do acordo, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Anoop Singh, irá ao Brasil para conversar sobre o futuro. Nesta viagem, fará uma avaliação sobre o grau de compromisso da próxima administração com o programa negociado com o Fundo. A partir desses contatos, que não são esperados para antes do fim deste mês, o FMI deve decidir se pedirá um esforço fiscal adicional no ano que vem, afirmaram fontes.

 
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