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 | 09/11/2002 18h

Tricolor empata em 2 a 2 com São Caetano no Olímpico

Martini falha e equipe perde chance de encaminhar classificação

O Grêmio perdeu uma boa chance na tarde deste sábado, dia 9, de se consolidar no grupo dos oito que se classificam às quartas-de-final do Campeonato Brasileiro. Depois de estar à frente do São Caetano em dois momentos, no Estádio Olímpico, o tricolor gaúcho cedeu o empate e fechou a rodada na sétima posição, com 37 pontos. Agora, a equipe treinada por Tite precisará vencer fora de casa o Paraná, que luta para fugir do rebaixamento, para garantir matematicamente uma vaga nas quartas-de-final da competição. Neste domingo, nenhum resultado poderá modificar a posição do Grêmio na tabela.

O retrospecto gremista em jogos contra o São Caetano alertava para a dificuldade da partida. Desde 2000, foram três confrontos e três derrotas gaúchas. Além disso, o Azulão, já classificado à segunda fase, ocupa a segunda colocação na tabela e se candidata, pelo terceiro ano consecutivo, ao título do Brasileirão 2002. Mas o Grêmio, buscando pontos para garantir uma vaga entre os oito, entrou em campo para passar por cima de todas as estatísticas e adversidades.

Foi o que se viu nos primeiros segundo de bola rolando. Em uma jogada fulminante, Gilberto escapou em velocidade pela esquerda, tocou para Luís Mário na área, que girou e rolou para Rodrigo Fabri soltar a bomba e marcar o seu 18º gol na competição – é artilheiro ao lado de Luiz Fabiano, do São Paulo.

Apenas três minutos depois, porém, começou um desmanche no ataque gremista. Luís Mário, sentindo dores no tornozelo, saiu de campo para ser atendido. Voltou, deu alguns poucos passos e pediu para sair. Foi substituído por César, aos oito minutos.

Mesmo sem o velocista do time, o Grêmio se manteve firme, pressionando o São Caetano no campo de defesa. A equipe paulista, quando chegava, não levava grande perigo ao gol de Eduardo Martini. Até conseguir um contra-ataque aos 41 minutos. Capixaba recebeu no meio, deu uma meia-lua em Claudiomiro e, de muito longe, desferiu um forte chute no ângulo esquerdo do goleiro tricolor, empatando o jogo.

O Grêmio poderia ter reagido logo em seguida, quando Fabri sofreu falta longe, mas frontal ao gol de Luciano. O atacante gremista, no entanto, foi tirar satisfação de Fábio Santos. O bandeirinha enxergou a provocação e alertou o árbitro Wagner Tardelli, que expulsou ambos.

No intervalo, Mário Sérgio promoveu a entrada de Lúcio no lugar do atacante Robert, recompondo a defesa. Tite também mudou, tirando César para a entrada do volante Lauro. Tinga, então, passou a atuar mais avançado, auxiliando Rodrigo Mendes, que importunava a defesa adversária com constantes arrancadas, dribles e chutes de longe. Isso, até sentir uma pancada no joelho direito e ser substituído por Adriano Chuva, aos 18 minutos da segunda etapa.

Mas o Grêmio estava melhor. Numa jogada de raça, aos 35 minutos, Tinga ganhou de três adversários dentro da área e tocou para Gilberto, que chutou forte, sem chances para Luciano. A vitória parecia definida. O campo molhado, um chute forte de Marlon aos 38 minutos e uma falha de Eduardo Martini, porém, fizeram do empate o escore final.

ANDRÉ ROCA
 
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