Interessado em construir a governabilidade a partir do ano que vem, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) transformou a Assembléia Legislativa no palco de sua primeira aparição em Florianópolis depois da eleição, nesta terça-feira, dia 29.

Em palanque improvisado na escada sobre o hall do Palácio Barriga Verde, o governador eleito agradeceu e abraçou cada um dos dirigentes de partidos aliados, mais a militância do PMDB e deputados do PT.

– Nada é mais importante que a gratidão. Vocês construíram esta vitória. Podem estar certos de que, Eduardo (Pinho Moreira, vice eleito) e eu, vamos trabalhar muito para honrar cada voto e para dar um choque de desenvolvimento em Santa Catarina – discursou.

Minutos antes, ele havia oficializado o apelo à bancada do PMDB para que ajude o PT a eleger o novo presidente da Assembléia.

– O PT não fez qualquer exigência, me deu apoio incondicional, mas é da lógica política que o PT presida o Legislativo – afirmou.

Ele observa que o Estado tem o espectro político tripartido – 30% com PPB e PFL, 30% com PMDB e 30% com PT – e disse que é possível construir um bloco com maioria governista.

– Precisamos de governabilidade em Brasília e aqui também – observou, lembrando que o "peso" dos governadores eleitos pelo PMDB deverá ser definitivo para que o PMDB nacional apóie Lula.

Luiz Henrique acrescentou que sua participação no processo da AL encerrou-se com a sugestão feita à bancada peemedebista.

– Exalto a independência do Legislativo – destacou, remetendo o assunto para o líder da sigla, João Henrique Blasi.

Luiz Henrique vai descansar nos próximos dias e só deve voltar à Capital na segunda-feira para anunciar a composição da equipe de transição, que vai tratar também da confecção de projetos de lei que vão assegurar a reestruturação administrativa do Estado.

Ele destacou que o pacote de projetos será entregue à Assembléia em 1º de janeiro, depois de ter sido submetido à apreciação dos 293 prefeitos catarinenses, ainda na metade de dezembro.

Até o Natal, deve anunciar a composição do colegiado do governo e confirmou que devem ser aproveitados vários deputados estaduais e federais, abrindo espaço para os suplentes.

• Mais informações no especial Eleições 2002.