O ex-prefeito de Porto Alegre e candidato derrotado do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, avaliou durante a tarde desta terça, dia 29, o resultado da disputa que sagrou o peemedebista Germano Rigotto o novo governante do Estado:

– Eu me sinto honrado por representar esse projeto da Frente Popular – declarou o petista.

Tarso disse não se considerar um "perdedor". O ex-prefeito da Capital gaúcha acredita ter cumprido bem a disputa e representado da melhor forma o projeto defendido pela Frente Popular. O petista combateu o que chamou de "mais ampla coalizão" já formada no Estado, classificando o sentimento antipetista observado durante os meses de campanha como ato "irracional", como "elemento destrutivo ao processo democrático".

Para Tarso Genro, agora dirigente partidário, a avaliação interna a que será submetido o PT servirá para "tirar lições" e para apontar erros a serem evitados nas disputas de 2004 e de 2006. De acordo com o ex-prefeito de Porto Alegre, as responsabilidades são assumidas coletivamente dentro do partido:

– Não se trata de buscar o culpado – enfatizou.

Tarso Genro destacou o sucesso do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em traçar a busca de alianças, afirmando ser esta a maneira de se arquitetar a melhor forma de agir sobre as carências do país. O petista foi veemente ao negar a aspiração a qualquer cargo ministerial do governo de Lula, chegando a afirmar que nem o próprio, nem Miguel Rosseto (candidato a vice) nem o ex-governador Olívio Dutra têm o desejo de militar em favor de benefício individual. Incisivo, o petista disparou:

– Nenhum de nós está buscando meio de sobrevivência na política (...) Duvido que qualquer um esteja articulando participação no quadro ministerial de Lula – finalizou.

Assista à coletiva de Tarso Genro transmitida nesta terça pela TV COM

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