Os militantes do PMDB e partidos que apoiaram a candidatura de Germano Rigotto chegaram cedo à Avenida Presidente Vargas - com a certeza da vitória. Antes mesmo da contagem dos primeiros votos, baseados nas pesquisa de boca de urna, faixas já passaram a ser penduradas pela via. Às 19h, o jingle que impulsionou a campanha, passou a ser tocado por um carro de som e foi mais um ingrediente a contagiar as pessoas que levaram as bandeiras e a alegria à rua.

Com a vitória sendo garantida pouco a pouco, começaram as trocas de farpas entre as militâncias que estavam divididas por escassos metros de distância na Presidente Vargas.

- A estrela caiu - gritavam os apoiadores.

Junto com o jingle e os gritos da vitória, não faltaram foguetes. O clima de festa invadiu o local.

- É muita felicidade, emoção. Agora podemos esperar de novo que o Rio Grande volte a ser o que era antes. Rigotto vai governar para todos e não só para um partido político - destacou a vereadora do PTB, Magali Adriano.

Para os militantes, a vitória foi a recompensa de todo o serviço da campanha. O policial militar Juarez Mayer conta que tirou 30 dias de férias para trabalhar na mobilização. O motivo do esforço se resume em uma palavra: mudança.

- Eu quero que as coisas mudem, principalmente na área de segurança pública. Hoje não se tem segurança - ressaltou.

Para Vlamir da Silva, 20 anos, que ontem votou pela primeira vez para governador, o voto em Rigotto significou esperança. Ele conta que desde o princípio da campanha optou pelo candidato. Também acompanhou os debates, os programas na TV e no rádio.

- Acho que ele vai fazer muitas coisas. Melhorar as condições de vida dos gaúchos, nas áreas de infra-estrutura e saúde. Nós estávamos esquecidos com o PT - criticou.

Um pouco além na avenida, estavam os militantes do partido dos trabalhadores. O secretário municipal de Viação e Transporte, Vilmar Galvão, foi um dos primeiros a chegar para conferir com os militantes a divulgação dos números. A derrota no governo do Estado já era assumida naquele momento.

- Isso é extremamente ruim. Mesmo assim, nós temos certeza de que o PT cresceu no Rio Grande porque todos os votos que Tarso recebeu foram conscientes e não de protesto, como há quatro anos, quando muitos votaram em Olívio porque não queriam mais o Britto.