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Staub descarta assumir cargo em eventual governo Lula

O presidente da Gradiente, Eugênio Staub, prefere continuar empresário a aceitar um cargo público em um possível governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas se dispôs a ser um conselheiro do petista, atuando mais intensamente no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).

– Vou estar onde sempre estive, na Gradiente, à disposição para dar sugestões, conselhos e, principalmente, no Iedi, afirmou Staub ao deixar o Jockey Club de São Paulo, onde votou neste domingo, dia 27.

Staub, que aderiu tardiamente à campanha de Lula, tem sido cotado como ministro da equipe econômica do novo governo. O empresário nega, no entanto, essa possibilidade, alegando tratar-se de articulação de amigos e especulação da imprensa.

– Sou um empresário, não penso em cargo público, nem na equipe de transição. Não é um papel de empresário, disse.

Staub, importante liderança entre os empresários brasileiros, argumentou que, se eleito, Lula receberá o país numa situação difícil que levará algum tempo para ser contornada. Ele acredita que, terminado o processo eleitoral, haverá redução da taxa do dólar. O empresário também disse que o juro atual é elevadíssimo, mas tem esperança de que Lula os corte pela metade ao longo de quatro anos.

O diretor de assuntos corporativos do banco Santander, Miguel Jorge, acredita que a situação da economia depende mais do cenário internacional do que do resultado da corrida presidencial. O executivo, que também votou no Jockey Club, deparou-se ao chegar com o presidenciável José Serra, da aliança governista, que acompanhava o governador paulista e candidato à reeleição Geraldo Alckmin. Todos se cumprimentaram.

– Nós (do Santander), há muito tempo, dizíamos que não havia relação de causa e efeito tão forte por causa das pesquisas que indicavam vitória de Lula, disse Miguel Jorge depois do rápido encontro, em relação à turbulência dos mercados brasileiros nos últimos meses.

Lula tem anunciado que aposta fortemente na costura de um pacto entre os vários segmentos da sociedade brasileira, o chamado pacto social, para assegurar o crescimento da economia. Mas para o empresário Antonio Ermírio de Moraes, sócio do grupo Votorantim e garoto-propaganda na campanha de Serra, essa é uma iniciativa sem futuro. Ermírio também vota no Jockey Club. Ele admitiu, no entanto, que participaria da equipe de transição do próximo governo, se fosse convidado.

Lula deve anunciar na terça-feira, após encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso, a equipe de transição composta por 51 nomes que receberão do atual governo informações sobre os procedimentos burocráticos e compromissos para os primeiros meses de 2003.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.


 
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