Poliana Okimoto traz experiência e Ana Marcela Cunha, muita juventude à equipe brasileira de maratonas aquáticas que brigará por medalhas nos Jogos Pan-Americanos. Poliana Okimoto, de 24 anos, esteve em diversas seleções brasileiras como fundista das piscinas. Há dois anos passou a se dedicar com mais afinco à modalidade e, além de um título na Travessia dos Fortes de 2005, sagrou-se vice-campeã mundial de 5 e 10 quilômetros no Mundial da modalidade, realizado na cidade italiana de Nápoles, em setembro do ano passado, competindo com as melhores do mundo. Neste sábado, as duas asseguraram vagas ao vencerem a seletiva em Copacabana.

Poliana chorou ao lembrar do tímpano direito perfurado durante o Mundial de Nápoles, que por pouco não atrapalhou o sonho de conseguir a vaga.

– Esse problema no ouvido tirou dois meses da minha preparação e bateu uma insegurança, porque não sabíamos se eu conseguiria voltar à minha forma. Senti um ânimo novo no Brasileiro de natação do final do ano passado, o Torneio Open, onde consegui meu melhor tempo nos 800m livre. Nunca me dediquei tanto ao esporte. Minha vida é 100% natação e sinto que estou muito bem preparada. Todos estão falando em ouro no Pan, mas não sinto isso como cobrança, ao contrário, é um desejo meu e uma torcida de todos. Ninguém quer mais uma vitória do que eu – desabafou.

Ana Marcela, de 15 anos, se destacou ao ser a campeã da Travessia dos Fortes de 2006 e vice-campeã em 2005, com apenas 13 anos. No Mundial de maratonas de Nápoles, ela foi a 11ª colocada e foi medalhista em etapas do circuito de maratonas aquáticas da Federação Internacional de Natação – FINA.

– A maior dificuldade foi entre a primeira e a segunda bóias porque a maré era contra. Fiquei tranqüila o tempo todo e consegui administrar, mas estou muito cansada por causa da maré – disse.

A terceira colocada da seletiva Pan-americana foi Monick Avelino Perez (2h25m49).

As maratonas aquáticas abrem os Jogos Pan-Americanos, na manhã do dia 14 de julho, e com grande chance de Brasil no pódio. Poliana e Ana lideraram a seletiva desde o início, mas no masculino a disputa foi muito acirrada. Allan, Romanelli, Carlos Eduardo Pavão, Luiz Lima e Fábio Lima lutaram braçada por braçada. Apenas um segundo separou um do outro na chegada.