O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, entrou na noite dessa quarta, dia 16, no Tribunal Superior Eleitoral com duas representações (590 e 591) contra o candidato a Presidência da República, José Serra (PSDB). De acordo com o petista, nos programas dos dias 15 e 16 de outubro Serra usou o horário gratuito para atingir a administração do PT ao afirmar que o estado gaúcho perdeu a fábrica da Ford para a Bahia por romper acordos com a montadora.

Tarso pediu liminar para suspender a veiculação da propaganda, um minuto de direito de resposta e a determinação do Tribunal para que Serra identifique sua coligação no encerramento do programa. As representações serão analisadas pelo ministro José Gerardo Grossi. 

O Estado do Rio Grande do Sul também pediu direito de resposta no programa de Serra. O ministro Caputo Bastos é o relator da representação 592. O procurador-geral do Estado em exercício, Igor Koenler Moreira, e o procurador do Estado, Maximiliano Kucera Neto, informaram na representação que no programa do candidato tucano, veiculado no dia 15, foi divulgado que o Rio Grande do Sul perdeu a Ford e outras empresas porque o governo do PT rompeu o acordo com a montadora.

Eles afirmaram na representação que os contratos firmados entre a Ford Brasil e o Rio Grande do Sul não foram rompidos ou descumpridos pelo Estado e que a decisão unilateral da fábrica de automóveis em não mais instalar uma unidade no Sul decorreu de orientação de sua direção e de vantagens oferecidas pelo governo federal e por outra unidade da Federação, no caso, a Bahia.

• Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.