O PMDB vai desembarcar nos Estados em que a sigla tem problemas políticos para apoiar o candidato tucano José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições para a Presidência. Os principais problemas são Santa Catarina, Paraná e Paraíba, onde o PMDB deseja o apoio do PT local para vencer a disputa de 27 de outubro.

O ex-ministro e deputado federal eleito Eliseu Padilha (PMDB-RS) entende que a saída foi uma ação conciliatória para resolver os problemas. Principal articulador político do PMDB, Padilha dá demonstrações de que não havia outra alternativa para o imbróglio. Isso porque o PMDB não pode enfraquecer seus políticos nos Estados em nome da candidatura de Serra.

– Se não houvesse problemas, nós não estaríamos aqui - disse Padilha após participar de uma reunião com José Serra nesta quarta, 9 de outubro, em Brasília.

Já o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), defendia uma posição mais firme do partido. Segundo ele, se o PMDB está na coligação nacional com Serra, o partido tem que apoiar todas as decisões que o tucano tomar.  Geddel disse que se for convidado para fazer campanha ao lado do candidato do PSDB ao governo da Paraíba, Cássio Cunha Lima, ele sobe no palanque do tucano.

– Apoiarei os candidatos que apóiam o Serra – disse Geddel.

O presidente do PMDB, Michel Temer, disse que vai  procurar a interlocução com todos os setores do partido para buscar a neutralidade nos Estados com problemas. Temer disse que o PMDB pretende realizar quatro reuniões para discutir o apoio a Serra com as principais lideranças peemedebistas, nos Estados. Os locais ainda não estão definidos, mas poderão ocorrer no Rio Grande do Sul, onde o peemedebista Germano Rigotto disputa em segundo turno o governo do Estado com o PT.

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