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 | 08/10/2002 18h20min

Serra manda recado a Lula e defende realização de debates

Tucano vê na criação de empregos solução para questão econômica brasileira

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, deixou claro no primeiro pronunciamento depois do resultado do primeiro turno das eleições uma das estratégias a serem adotadas na segunda etapa do pleito. Durante o discurso do tucano, saltou aos olhos a tática de se confrontar experiências.

Serra, logo na abertura do pronunciamento, disparou um recado ao petista Luiz Inácio Lula da Silva:

– Segundo turno não é prorrogação do jogo, adiamento de decisão. A população quer debater propostas. O jogo começa novamente, agora na direção do debate e do aprofundamento das propostas.

Nessa segunda-feira, Lula, dizendo-se hábil para vencer também o segundo turno, havia declarado:

– Nós estamos prontos para ganhar as eleições, apenas foi adiado o tempo.

Valendo-se dos 1.913.100 de votos que lhe ofertaram 32,41% dos números da disputa no Rio Grande do Sul, o tucano aproveitou para lembrar que o resultado, tido por ele como "gratificante", reflete a vontade popular de se discutir a proposta petista. Atualmente, o Estado gaúcho, no qual a campanha serrista obteve o melhor desempenho, é administrado pelo partido de Lula.

O peesedebista voltou a não dar destaque à relação que mantém com o governo de Fernando Henrique Cardoso. Para José Serra, o segundo turno se mostra como uma possibilidade de se discutir propostas e de se aprofundar o debate, uma vez que as críticas foram lançadas durante a primeira fase do embate. O candidato combateu as referências do passado e o fato de se ficar preso a "balanços". Resvalando sobre as comemorações do centenário do ex-presidente Juscelino Kubitscheck – Serra se referiu às celebrações como os cem anos da morte, e não do nascimento –, o tucano declarou:

– Juscelino não ficava preso a balanços, ao passado.

Assim como o ex-presidente, Tancredo Neves foi outro a ser lembrado como modelo de democracia.

Serra destacou a criação de empregos como base de sua campanha. Disse perceber com otimismo o futuro do Brasil e garantiu que a questão econômica brasileira "pode ser resolvida positivamente com mais substituição nas exportações e com mais produtividade no gasto público".

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

Paulo Whitaker / Reuters


Foto:  Paulo Whitaker  /  Reuters


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