O candidato derrotado à Presidência da República, Ciro Gomes (PPS), informou nesta terça-feira, 8 de outubro, durante entrevista coletiva, que também vai apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Antes do PPS, o PDT de Leonel Brizola  já havia formalizado apoio a Lula, que vai disputar a Presidência com o governista José Serra (PSDB), que ficou em segundo lugar no pleito.

Ciro disse que o PPS, em decisão unânime, vai entrar na campanha de Lula e que isso passa pelo aval do presidente do partido, o senador Roberto Freire. Segundo ele, o partido estará a disposição do PT para garantir a vitória de Lula.

Ciro disse que as principais divergências entre ele e Lula ainda existem, "mas ficarão para um outro momento". Ele ressaltou que nada mais natural do que o PPS apoiar o PT, já que os dois partidos fazem oposição ao atual modelo econômico vigente no país.

Ciro garantiu que não vai se envolver no projeto de campanha, "apenas vai se colocar à disposição para ajudar" o petista.

– O PPS decidiu que quer ver Lula presidente – disse.

Sobre seu futuro político, Ciro disse que ainda não tem definições.

– Meu futuro a Deus pertence.

Roberto Freire, que esteve ao lado de Ciro na coletiva, garantiu que seu partido será participante da campanha, colocando-se à disposição para aquilo que Lula julgar necessário, não impondo condições.

–  Eu quero dizer a Lula que conte com o PPS – disse Freire.

O apoio a Lula vai criar um cenário estranho para Ciro Gomes no Ceará, já que seu padrinho político, o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), que agora se elegeu senador, anunciou apoio a Serra. No entanto, os dois ficarão em lados opostos somente na disputa presidencial. Eles vão atuar juntos na campanha de Lúcio Alcântara (PSDB), que vai disputar o segundo turno daquele Estado com o petista José Airton.

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