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 | 11/02/2007 21h32min

Experiência é a arma brasileira na vela para o Pan

Seletivas foram consideradas as mais equilibradas da história

Depois de várias regatas muito disputadas, em que os favoritos correram sérios riscos de ficar de fora da equipe brasileira, o Pré-Pan de Vela, encerrado sábado à noite, na Baía de Guanabara, acabou definindo um grupo de velejadores experientes e candidatos naturais a lutar por medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Rio, em julho. O objetivo é melhorar a campanha de Santo Domingo, em 2003, quando a equipe conquistou três medalhas de ouro e uma de prata.

As seletivas realizadas no Iate Clube do Rio de Janeiro foram consideradas as mais equilibradas da história. Esse equilíbrio é justamente o que credencia o Brasil na busca por vários lugares no pódio, já que em algumas classes, como o Snipe, o Pré-Pan foi considerado mais difícil do que deverá ser o Pan-Americano.

O campeão foi o gaúcho Alexandre Paradeda, que fez dupla com o novato carioca Pedro Tinoco. Paradeda, campeão mundial da classe em 2001, irá para o seu terceiro Pan. O atleta disputou Mar Del Plata, na Argentina, em 1995, ficando em quarto lugar no Snipe, e depois foi prata em Winnipeg, em 1999, na mesma classe ao lado de Flávio Fernandes.

– É uma enorme alegria voltar ao Pan, justamente no Brasil. O objetivo é ganhar uma medalha, é representar a nossa equipe com muita garra e coração – comentou Paradeda.

Ricardo Winicki, o Bimba, também vai disputar o terceiro Pan. O velejador irá em busca da terceira medalha, já que ganhou prata em Winnipeg e ouro em Santo Doming. Considerado favorito ao lugar mais alto do pódio na RS:X, Bimba disputa o Sul-Americano esta semana em Búzios e depois segue para o circuito europeu.

– Vou fazer a melhor preparação possível, com o melhor equipamento, para não me decepcionar – disse Bimba.

Já Robert Scheidt, no Laser, e Bernardo Arndt, que faz dupla com Bruno Oliveira, no Hobie Cat 16, irão para o quarto Pan. Robert tenta a façanha de buscar o quarto ouro, enquanto Arndt tentará melhorar a prata obtida em Havana, em 1991, na classe 470, com Eduardo Melchert.

Mais experiente do que Robert e Bernardo é Cláudio Biekarck que, aos 55 anos, se classificou no Lightning para o seu sétimo Pan-Americano, ao lado de Gunnar Ficker e Marcelo Silva. Biekarck buscará a sétima medalha.

– A vaga para o Pan foi muito dura. Vamos levar o barco para São Paulo para alguns ajustes e voltar em junho para treinar bastante na Baía de Guanabara. Esta raia é muito difícil, com correntes muito variáveis – conta Biekarck.

Maurício Santa Cruz vai para o segundo Pan, na categoria J/24. Prata em Santo Domingo, ele busca agora, ao lado de João Carlos Jordão, Alexandre Saldanha e Daniel Santiago, a medalha de ouro. Objetivo não tão distante já que o velejador brasileiro é o atual campeão mundial.

Estreantes no Pan-Americano apenas Patrícia Castro, de 17 anos, na RS:X, Bernardo Low-Beer, de 20 anos, no Sunfish, e Adriana Kostiw, de 32 anos, no Laser Radial. Experiente, Adriana ficou em 17º. lugar no 470, na Olimpíada de Atenas, ao lado de Fernanda de Oliveira.

Os treinamentos para o Pan serão feitos em grupo na Baía de Guanabara. Os 16 integrantes da equipe brasileira deverão ter sparrings nacionais e estrangeiros, segundo o coordenador de seleções da Federação Brasileira de Vela e Motor, Walter Böddener.

 
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