Três dias depois do que parecia ser a ruptura da aliança entre os tucanos e o PMDB em Santa Catarina, o ex-prefeito de Balneário Camboriú e candidato do PSDB ao Senado, Leonel Pavan (PSDB), admitiu nessa terça, dia 24, que o episódio será prejudicial à coligação e, possivelmente, à sua candidatura. Ele deixou claro, no entanto, que manterá sua lealdade ao acordo entre as duas siglas.

Questionado sobre os motivos que teriam levado Maldaner a manifestar apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão presidencial, Pavan manteve a cautela e insistiu no discurso partidário.

– Sou leal e espero o mesmo dos demais integrantes da coligação –, disse.

O ex-prefeito não quis opinar sobre as especulações de que a decisão de Maldaner teria ligação com os resultados das pesquisas eleitorais. Elas colocam o tucano como em segundo lugar na disputa por uma vaga no Senado, superando o candidato do PMDB.

Para o presidente em exercício do PSDB estadual, Jacó Anderle, os momentos mais graves da crise já foram absorvidos pela aliança. Segundo ele, este incidente será superado por todos os militantes que se dizem indignados, sejam tucanos ou peemedebistas. Anderle admite, no entanto, que a coligação foi atingida e que dizer o contrário seria faltar com a verdade.

Para minimizar estes efeitos que segundo o tucano não devem afetar substancialmente nenhum candidato, o dirigente do PSDB está enviando correspondências a todas as lideranças, prefeitos e vereadores da sigla, reforçando as diretrizes da coligação e recomendando cautela e coerência aos correligionários.

Sobre o apoio de Maldaner a Lula, Anderle diz que não se surpreendeu.

– Maldaner já apresentava simpatia pelo Lula antes. Mas ele reconsiderou sua postura e já disse que não vai utilizar os palanques da coligação para pedir voto ao Lula –, conta.

O tucano definiu a atitude do peemedebista como um tropeço, argumentando que quem faz parte de uma coligação não pode tomar atitudes isoladas.

As informações são do Jornal de Santa Catarina.