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 | 10/09/2002 23h23min

Líder do PPS pede que ONU acompanhe processo eleitoral

Deputado João Hermann Neto acusou Serra de comandar "estado paralelo" no país

O deputado João Herrmann Neto (PPS), um dos coordenadores da campanha presidencial de Ciro Gomes, encaminhou à Organização das Nações Unidas (ONU) um pedido formal para que a entidade envie ao país representantes para acompanhar o processo eleitoral.

Em carta encaminhada nesta terça-feira, 10 de setembro, ao representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Brasília, Walter Franco, Herrmann acusou o candidato José Serra (PSDB) de comandar um "estado paralelo'' no país "integrado por forçar policiais, serviços de espionagem e por campanhas verdadeiramente científicas de destruição da imagem e da biografia de seus adversários''.

– É inegável que o processo eleitoral brasileiro já está viciado. Eu coloco em dúvida o resultado da eleição brasileira – afirmou Herrmann a jornalistas, ao deixar o escritório do PNUD, onde foi pessoalmente protocolar seu pedido.

Na carta à ONU, Herrmann também questionou a parcialidade do Tribunal Superior Eleitoral, afirmando que o órgão é presidido por um "amigo íntimo'' de Serra, em referência ao ministro Nelson Jobim, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso.

O deputado citou, ainda, o caso dos simuladores de urnas eletrônicas falsos apreendidos pela Polícia Federal no Distrito Federal como mais um exemplo da ilegitimidade do processo eleitoral.

Herrmann ressaltou que sua iniciativa não conta com o respaldo oficial de Ciro Gomes, que estaria preocupado em ser chamado de "reclamão'', no momento em que o candidato tem caído segundo as pesquisas de intenção de voto.

O deputado, que disse já ter atuado como observador da ONU em eleições no Timor Leste e na Venezuela, afirmou, ainda, que as manobras que estariam sendo feitas para favorecer a candidatura José Serra poderão prejudicar a possível indicação de Fernando Henrique Cardoso para ocupar um cargo na ONU.

Questionado se ele acreditava que o presidente Fernando Henrique Cardoso estaria pessoalmente envolvido em manobras que comprometessem o processo eleitoral, Herrmann respondeu:

– Eu diria que ele não faz, mas deixa fazer. O autoritarismo do candidato oficial assusta também, eu tenho certeza, o presidente Fernando Henrique Cardoso e o inibe de tomar qualquer tipo de providência.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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