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 | 10/09/2002 08h22min

Programa do PT ataca ex-secretário

Denúncias contra o ex-secretário estadual de Minas, Energia e Comunicações no governo de Antônio Britto (1994-1998), Assis Roberto de Souza, ocuparam todo o tempo do programa de Tarso Genro (PT) no horário eleitoral gratuito na noite dessa segunda, dia 9. O ex-governador é o principal adversário de Tarso nas eleições de 2002.

Exibindo recortes de jornais, o programa disse que Assis Roberto de Souza está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita Federal e INSS por suspeita de crimes contra a ordem tributária, previdenciária e trabalhista. O locutor registrou que as empresas do ex-secretário de Energia, Minas e Comunicações prestam serviços de telefonia para a Brasil Telecom, que comprou a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) da Telefonica de Espanha.

A CRT foi vendida na época em que Assis comandava o processo de privatização de estatais no governo Britto. Um dos controladores da Brasil Telecom é o Banco Opportunity, para o qual Britto prestou serviços como consultor, antes de se lançar candidato à sucessão do governador Olívio Dutra. No último dia 29, segundo o programa, cinco empresas prestadoras de serviços de telefonia foram alvo de operação de busca e apreensão. Três delas, segundo o PT, pertencem a Assis, conforme o PT.

O ex-secretário é diretor da Pampa, controladora da Delsul, que presta serviços comissionados à Retebras. A ARS pertence a Assis. A Expertise é uma empresa paulista associada às outras, conforme o PT. O programa do PT procurou mostrar os vínculos pessoais e políticos de Britto com Assis. Foram exibidas cenas de Britto gravadas na época em que governava o Estado nas quais se referia a Assis como o “nosso grande general”.

Uma das imagens mostra Britto e Assis com o martelo usado no leilão de privatização da CRT. O programa do PT referiu-se a Britto e a Assis como “almas gêmeas”. Para ilustrar a proximidade entre os dois, o programa mostrou notícia de jornal com foto da chegada de Britto a Porto Alegre, depois de seis meses na Espanha, quando Assis foi recepcioná-lo no aeroporto.

A assessoria de imprensa da candidatura de Britto informou que a coligação deverá ingressar com pedido de direito de resposta junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-secretário não foi localizado por Zero Hora para se pronunciar sobre as denúncias. Em entrevista à Folha de S. Paulo, na semana passada, ele classificou a investigação sobre as empresas de telefonia como “uma grande armação” e disse ter largado a política há três anos e meio.

De acordo com Souza, a empresa Retebras “quebrou” por ter problemas trabalhistas e está sendo investigada. Com a quebra, a Pampa, que é proprietária da Delsul, assumiu os serviços antes desempenhados pela Retebras. Ele confirmou que é diretor da Pampla e da Delsul. O secretário disse que está completamente afastado da campanha de Britto.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.


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