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 | 27/08/2002 17h25min

BB recebe oferta de US$ 30 milhões para financiar exportações

Depois de mais de um mês sem conseguir captar dólares no mercado externo para repassar a exportadores, o Banco do Brasil (BB) recebeu nesta terça, 27 de agosto, oferta de US$ 30 milhões de quatro instituições européias, logo aceita, disse o presidente do BB, Eduardo Guimarães. A oferta, de bancos espanhóis e italianos não-revelados, veio um dia depois da reunião do ministro da Fazenda, Pedro Malan, e do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, com representantes dos grandes conglomerados financeiros mundiais em Nova York. Os recursos, disse Guimarães, vão aliviar a pressão dos vencimentos programados para os próximos dias.

– O que perdemos de linha até agora é absorvível, mas se os vencimentos daqui até o final do ano não forem renovados a situação fica complicada – afirmou. 

Os efeitos do acordo informal entre o governo brasileiro e 16 bancos estrangeiros deverá "estancar a queda" dos financiamentos às exportações, avalia o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele estima que já tenha ocorrido redução entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões nas linhas de crédito para o comércio exterior, mas admite que a projeção pode estar incorreta pela falta de informações detalhadas, porque só o Banco Central (BC) tem os números consolidados.

Com o fechamento do acordo com o FMI e a promessa de grandes bancos estrangeiros de manter os níveis atuais de negócios e de crédito a exportadores no Brasil, o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Ricardo Malcon, espera que os juros do crédito ao consumidor e demais segmentos do mercado se estabilizem e até recuem. Em julho, a taxa média de juros pré-efixados no crédito pessoal subiu de 5,06% para 6,12% – alta é de quase 21% no mês.

Os bancos estrangeiros não aumentarão sua exposição no Brasil no curto prazo, disseram fontes de cinco dos 16 bancos que participaram da reunião com Malan e Fraga em Nova York, na segunda-feira. O compromisso assumido foi de manter os níveis atuais de exposição. Apenas um dos bancos diz planejar "ligeira" elevação no país. Aumento efetivo mesmo, afirmam os bancos, só quando estiverem dissipadas as dúvidas em relação à condução da política econômica no próximo governo e sobre a dinâmica do balanço de pagamentos e da dívida pública.

 
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