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Minirreforma tributária pode ser viabilizada através de MP

FH cogita medida se Congresso não aprovar proposta neste ano

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta quarta, 21 de agosto, que se o Congresso não aprovar ainda este ano a minirreforma tributária, avaliará com as "forças políticas" do país a possibilidade de viabilizá-la por meio de uma Medida Provisória (MP). Também criticou "a miopia" dos mercados financeiros por colocarem em dúvida o futuro da economia brasileira e pediu a reestruturação do Fundo Monetário Internacional (FMI).  

Em entrevista concedida juntamente com o presidente do Uruguai, Jorge Battle, logo após a cerimônia de assinatura de três atos de cooperação entre os dois países, Fernando Henrique manifestou a crença de que o Congresso aprovará a proposta, já que conta com o respaldo dos quatro principais candidatos à Presidência da República. Antes, durante almoço com empresários uruguaios e brasileiros, sustentou que o Brasil atravessa uma turbulência de curto prazo e que manobras de especulação financeira fazem com que os mercados não levem em conta os avanços da economia, tais como um superávit acumulado na balança comercial de US$ 4,4 bilhões.

Fernando Henrique disse que as sucessivas crises mundiais foram produzidas pelas "más receitas" do Fundo Monetário Internacional (FMI), um organismo que, acredita, requer reestruturação. O presidente disse que a ajuda de US$ 30 bilhões do Fundo se mostrou mais flexível, ao não incluir exigências monetárias, como limite para emissão de moeda.

Na avaliação do presidente, que finalizou uma visita de 72 horas ao Uruguai, os investidores internacionais devem "se direcionar mais para a economia real do que para as ficções financeiras, sobretudo quando estas ficções são mal feitas, por agências de avaliação de risco que têm suas credibilidades questionadas".

Durante a viagem, FH lançou uma ofensiva para fortalecer o Mercado Comum do Sul (Mercosul). O presidente voltou a reafirmar que o Brasil e seus parceiros do Mercosul não participarão das negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), em condições que sejam desfavoráveis ao bloco econômico. Essa posição também engloba as negociações com a União Européia, de acordo com o presidente, que fez um apelo aos seus sócios do Mercosul para que continuem unidos na luta contra o protecionismo nos países desenvolvidos.

 
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