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Brasil enfrenta o Paraguai em amistoso nesta quarta

Partida festiva marca despedida do técnico Luiz Felipe Scolari

Começou pelo capitão Cafu e se prolongou time afora. Os jogadores da Seleção acham que o afastamento de Luiz Felipe (foto) está mais para temporário do que para definitivo.

– Para nós ele ainda não disse que vai sair de verdade. Quem garante que não estará de volta no ano que vem, se até lá não tem campeonato algum? – perguntou Cafu, piscando o olho e abrindo um generoso sorriso na pista atlética do Estádio Castelão, onde o Brasil enfrenta o Paraguai nesta quarta, 21 de agosto, às 16h.

Somado ao "nos vemos em 2006", frase pronunciada no caminhão de bombeiros, na frente de casa, em Canoas, quando chegou da Ásia, está feito o caldo de mistério insinuado por Cafu. O problema é que as declarações do técnico deixam margem para dúvida mesmo.

– Estou fora por seis meses. É o caminho que traçei antes da Copa, ganhando ou perdendo. Depois, não sei. Tudo pode acontecer – afirma Felipão.

O presidente da CBF, Ricardo Teixera, garante que o cargo ficará vago até dezembro, mesmo prazo limite das férias de Luiz Felipe. Há, inclusive, um amistoso marcado para novembro contra uma equipe a ser definida, por força do patrocinador. A direção da CBF, entretanto, vai apenas convidar um treinador para dirigir o time. Fala-se em Zagallo, como forma de homenagem. Técnico em definitivo, nem pensar.

Mas e se Luiz Felipe não encaminhar o contrato na Itália ou Espanha, como ontem voltou a frisar ser o seu objetivo profissional entre uma e outra palestra nos próximos seis meses? Por isso ganhou força a tese de que Ricardo Teixeira e o comandante do Penta teriam entrado em um acordo. Se Luiz Felipe for mesmo trabalhar na Europa, tudo bem: Teixeira escolherá um substituto, com mais chances para Oswaldo de Oliveira e Carlos Alberto Parreira. Do contrário, seria apenas reintegrado ao cargo. Em Fortaleza, Felipão surpreendeu ao se recusar a admitir que o afastamento irá além de dezembro, embora também não diga o inverso.

– Não sei quanto tempo ficarei afastado, se um ano, dois anos ou a vida toda. Mas nunca escondi de ninguém que gostei de trabalhar na Seleção e gostaria de voltar um dia – reconheceu.

Quem sabe em 2006, como ele mesmo prometeu na festa em Canoas.

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