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Ciro mantém ambigüidade sobre acordo do FMI

Em nota, o candidato do PPS diz que acerto com Fundo pode ter sido “única saída”, mas silencia sobre conteúdo

No mesmo dia em que emitiu uma nota oficial a respeito da ajuda de US$ 30 bilhões que o Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu ao Brasil, o candidato Ciro Gomes (PPS) voltou a adotar um tom mais ácido em relação ao acordo. Nesta sexta, 9 de agosto, em Uberaba (MG), questionado sobre se iria endossar ou não os termos do acerto em dezembro, Ciro provocou:

– Porque não sou domesticável.

Em nota à imprensa emitida também nesta sexta-feira, Ciro não repetiu a crítica de comentários anteriores. Embora afirme no texto que, se eleito, substituirá a atual política econômica, ele sustentou que o empréstimo "talvez fosse a única saída para contornar a grave crise que o país atravessa".

Ciro tem colecionado opiniões divergentes sobre o acordo. Já disse que seria o "último a atrapalhar". Depois, afirmou que o dinheiro seria para tapar o "buraco que o governo criou". Mais adiante, garantiu confiar "no poder de negociação da equipe econômica".

Na noite de quinta-feira, em palestra no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, o oposicionista lamentou que se comemorasse um empréstimo de US$ 30 bilhões que não serviria para a construção de casas populares ou de submarinos nucleares.

Além de Ciro, as críticas mais contundentes da oposição sobre o acordo têm sido manifestadas por Anthony Garotinho (PSB). O candidato chegou a usar a expressão "cair de joelhos" para ilustrar a obrigação do próximo governante em relação aos compromissos assumidos com o FMI. Em site na Internet, Garotinho disse que ninguém deve comemorar a ida a bancos para tomar empréstimos.

O PT preferiu não comentar o acordo no calor do anúncio de quarta-feira. 7 de agosto.  Segundo o porta-voz do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, André Singer, na quinta-feira, 8 de agosto, o partido estudou o assunto antes de proferir uma opinião oficial. Na quinta, o partido emitiu nota oficial na qual considerou "inevitável" recorrer ao FMI, diante dos erros produzidos pelo modelo econômico vigente. Para o economista do partido, Guido Mantega, a oposição, "salvo casos isolados", tem sido responsável ao tranqüilizar o mercado.

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