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 | 04/08/2002 17h15min

Lei congela depósitos a prazo fixo no Uruguai

Projeto foi aprovado na tarde deste domingo pela Câmara

A Câmara dos Deputados uruguaia aprovou na tarde deste domingo, 4 de agosto, a lei que congela depósitos a prazo fixo nos bancos públicos, os mais importantes do país. Com o projeto, o governo tenta frear a fuga de capitais e salvar o abalado sistema bancário do Uruguai. A lei foi aprovada por 53 votos a favor de um total de 93 deputados presentes, disse um porta-voz do Poder Legislativo.

A medida dilui em três anos o prazo para pagamento dos depósitos a prazo fixo em moeda estrangeira nos bancos estatais. O Uruguai tem sido fortemente atingido pelo efeitos das crises argentina no comércio, turismo e também em seu sistema financeiro, histórico refúgio de capitais argentinos em tempos de turbulência. Os banco do Uruguai perderam a metade de seus depósitos com o medo dos correntistas de que o país adotasse um sistema de congelamento de saques, a exemplo do que ocorreu na Argentina.

Na madrugada deste domingo, o Senado uruguaio já havia aprovodo o projeto de lei por 18 votos em 30. Votaram a favor os senadores do governante Partido Colorado e de seu aliado, o Partido Nacional, informou o Senado em comunicado. A esquerda, representada pelo Encuentro Progresista-Frente Amplio, e o Nuevo Espacio, de centro-esquerda, votaram contra a iniciativa.

Agora, o governo aguarda um anúncio do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre uma ajuda adicional que permitirá respaldar o sistema bancário. O ministro da Economia uruguaio, Alejandro Atchugarry, informou que o feriado bancário no Uruguai, decretado na terça-feira passada e que terminaria nesta segunda, dia 5, foi prolongado até a chegada de uma ajuda do FMI e de outros organismos de crédito.

O ministro disse que os bancos poderão reabrir depois que as "resoluções formais dos organismos" (multilaterais de créditos) forem anunciadas. "Da nossa parte fica o esforço e a convicção de que vamos conseguir", acrescentou. O ministro falou também que a ajuda esperada é de US$ 800 milhões, pedidos aos organismos multilaterais de crédito, e um adiantamento de outros US$ 700 milhões.

Com informações das agências Reuters e Brasil.

 
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