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 | 03/08/2002 18h14min

Siglas complicam corrida presidencial em Santa Catarina

A campanha presidencial em Santa Catarina, até agora, tropeça na confusão e na falta de estrutura dos partidos políticos. Há, contudo, a esperança generalizada em dois remédios. O primeiro terá efeito de bula: os programas de propaganda eleitoral, que começam no dia 20, deverão servir para identificar melhor os candidatos a presidente e suas propostas. O segundo, de gosto amargo, poderá servir de contraveneno: a crise instalada na economia brasileira provocará a urgência do debate nacional.

A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a primeira a ganhar as ruas do Estado. Ainda assim, o candidato ao governo do PT, José Fritsch, aposta que só o palanque eletrônico vai curar o eleitorado da sensação de que todos os presidenciáveis são parecidos.

– O candidato vai falar o que pensa e as diferenças vão aparecer – afirma.

Os candidatos José Serra (PSDB-PMDB) e Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB) padecem com a esquizofrenia de palanques em Santa Catarina, decorrente da verticalização das coligações. O tucano vive certa dificuldade para dar o torque da campanha no Estado já que vai percorrê-la em duas pistas paralelas: a do governador Esperidião Amin (PPB) e aquela legítima: do candidato do PMDB-PSDB, Luiz Henrique da Silveira.

A candidatura de Ciro, embora a informalidade do apoio do PFL, também passou a equilibrar seu palanque catarinense entre forças distintas. Sua campanha no Estado deverá assumir caráter suprapartidário, resultado da carência de nomes próprios à Presidência tanto do PFL quanto do PPB.

– A verticalização ensejou esta perplexidade. Eu, por exemplo, não tenho condições de participar da campanha a não ser como eleitor – analisa Amin.

De qualquer maneira, ele aposta que o debate nacional vai esquentar sob o pragmatismo da situação econômica.

– Mais do que em 1994, quando a moeda decidiu a eleição – afirmou.

Luiz Henrique, ao contrário, acha que a disputa para o governo manterá a preponderância.

– Sempre foi assim, a eleição municipal é mais forte que a estadual, que empolga mais do que a presidencial – avaliou.

O candidato ao governo Sérgio Grando (PPS) defende que “a visão da árvore não atrapalhe a da floresta”, de modo que o tema nacional se sobreponha aos interesses regionais.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

ADRIANA BALDISSARELLI / DIÁRIO CATARINENSE
 
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