O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, anunciou nesta quinta, 1º de agosto, que seu programa de governo prevê a criação de 8 milhões de empregos nos próximos quatro anos. O anúncio ocorreu durante visita à sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), quando o tucano também assumiu compromisso de aumentar os investimentos em pesquisa de R$ 1,4 bilhão para R$ 2,5 bilhão anuais. Serra afirmou que a política econômica de seu governo estará voltada para aumentar as oportunidades de trabalho e que isso implicará estímulos às exportações e para setores empregadores, como a agricultura familiar, a agricultura irrigada, o turismo e a construção civil na área habitacional.

Ao apresentar sua meta de geração de empregos, o candidato evitou criticar a proposta do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que promete criar de 10 milhões de empregos, dizendo que essa seria uma meta desejável, mas que sua projeção era mais realista diante das condições da economia do país e dos cenários possíveis de crescimento. Os técnicos que trabalham no programa de governo de Serra trabalham com um crescimento do PIB entre 4,5% e 5%.

Ao lado do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, Serra usou a visita à Embrapa para fazer um aceno para o setor agrícola. O tucano afirmou que quem sustentou o Plano Real foi a agricultura brasileira, via preços dos produtos da cesta básica de alimentos, e que hoje quem sustenta a balança de pagamentos do país é o agronegócio, que gera um superávit anual de US$ 17 bilhões. Por isso, garantiu que os empreendedores do setor agrícola terão tratamento privilegiado em seu governo devido a sua capacidade de gerar divisas em dólar para o país e de oferecer novas oportunidades de trabalho.

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