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 | 01/08/2002 09h48min

Dólar abre manhã em alta cotado a R$ 3,50 para venda

O dólar comercial abriu nesta quinta-feira, 1º de agosto, cotado a R$ 3,48 na compra e R$ 3,50 na venda, alta de 0,86% ante o fechamento de ontem, segundo informações da Globo News.

Nesta quarta, o mercado ignorou as negociações iniciadas pela missão brasileira com o Fundo Monetário Internacional em Washington (EUA). Com o oitavo recorde consecutivo, o dólar fechou um mês turbulento a R$ 3,47, em alta acumulada de 23,05%. O percentual registrado em julho é superior a toda a elevação registrada no primeiro semestre. No ano, a moeda norte-americana já subiu 49,82%.

O presidente Fernando Henrique afirmou que o Brasil precisa fechar um novo acordo com o Fundo dentro de, no máximo, 10 dias como forma de conter a alta recorde do dólar e evitar que a situação saia de controle, segundo informou o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati. Durante discurso de abertura da Conferência de Países de Língua Portuguesa no Palácio do Itamaraty, FH afirmou que o mundo tem sofrido conseqüências de crises e turbulências geradas pela especulação.

– Povos e nações valem mais do que mercados – disse.

O presidente disse que o governo brasileiro vai continuar lutando contra a volatilidade dos fluxos de capital. A alta contínua do dólar também foi o tema da reunião da Câmara de Política Econômica, pela manhã. No início da tarde, uma análise da situação foi levada ao presidente pelos ministros da Fazenda, Pedro Malan, e da Casa Civil, Pedro Parente. A avaliação do governo, segundo algumas fontes, é de que a economia passa por uma situação complexa, que reflete o cenário internacional adverso e as expectativas desfavoráveis em relação à campanha do candidato da aliança PMDB-PSDB, José Serra, e se traduz na deterioração do Risco Brasil. A reunião da Câmara de Política Econômica teve a participação do presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, e de diretores da instituição. A equipe econômica teria concluído que o anúncio de um acordo com o FMI seria um fator decisivo para reverter o humor do mercado. Mas, como o acerto não está pronto, a ordem é evitar declarações que possam resultar em um desgaste ainda maior.

Fraga classifica como grande exagero a disparada do dólar e acredita em um recuo da moeda. Segundo ele, o BC dispõe de até US$ 6 bilhões para intervir no mercado de câmbio no segundo semestre do ano.

 
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