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Com a saída de Fortunati, cúpula do PTB defende apoio a Britto

Coligação com o ex-governador depende do aval de Brizola

Ao receber a notícia da renúncia do candidato da Frente Trabalhista, no início da tarde desta terça-feira, 30 de julho, o comando nacional do PTB saiu em defesa do apoio da sigla e do PDT no Estado ao ex-governador Antônio Britto (PPS).A cúpula do partido acredita que um eventual apoio a Britto teria repercussão nacional e favoreceria a candidatura de Ciro.

– Se a gente fechar a aliança no Sul em torno de Britto e o apoio do deputado Inocêncio Oliveira (PFL) a Ciro em Pernambuco, vamos criar dois fatos políticos e mostrar ao Brasil nossa capacidade de conciliar e governar, que é bem diferente da de José Serra (PSDB) – declarou o líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson (RJ).

O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, sempre foi contrário à candidatura Britto e chegou a exigir que Ciro não subisse no palanque do ex-governador. O próprio Ciro estava evitando visitar o Estado para não criar constrangimentos. Durante almoço, nesta terça-feira, o presidente nacional do PTB e coordenador-geral da candidatura de Ciro Gomes à Presidência, deputado federal José Carlos Martinez (PR), incumbiu Jefferson de convencer Brizola de que apoiar Britto é a melhor solução diante do impasse.

– Vou fazer um apelo a Brizola, mas não quero contrariá-lo. Quem sabe Britto concorda em conversar com ele no Rio. Se depender do PTB, vamos evitar que seja lançado um outro nome – disse Jefferson, que pretendia se encontrar com Brizola o quanto antes.

A virada de posição do PTB nacional ocorre no momento em que Britto lidera as pesquisas de opinião. Antes, a cúpula petebista ameaçou inclusive intervir no diretório gaúcho se o partido não coligasse com o PDT, como exigia Brizola. Segundo Jefferson, naquele momento era preciso consolidar a Frente Trabalhista para não colocar em risco o apoio do PDT a Ciro.

– Agora, não há mais risco. Por que não reabrir esse assunto? Temos de apostar na pacificação – avaliou Jefferson.

Há ainda o temor de que o PDT venha a lançar o nome do deputado federal Alceu Collares ou o ex-secretário do governo Olívio Dutra, Pedro Ruas, no lugar de Fortunati. O comando do PTB acredita que eles poderiam radicalizar a campanha, beneficiando o PT.

Em Recife, o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), também propôs acordo em torno de Britto. Ele disse que o PPS está aberto para discutir o assunto, mas frisou que isso depende de Brizola. Freire reconheceu que a Frente Trabalhista rachou no Estado, formando dois palanques e impedindo uma participação ativa de Ciro na campanha estadual. Freire fez questão de ressaltar que não há nenhum impedimento para que Ciro suba no palanque de Britto, mas admitiu que o candidato evita fazer isso para não criar problemas.

– O que havia era um pedido de preferência em favor de Fortunati, mas não um impedimento. O palanque de Britto é fundamental para a vitória do Ciro. E as pesquisas no Estado estão comprovando o que o PPS dizia: que a candidatura de Britto era a mais competitiva, capaz de derrotar o governo desastroso do PT – disse Freire.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

Daniela Xu / ZH

Britto poderá ser favorecido com a desistência de Fortunati de concorrer ao governo do Estado
Foto:  Daniela Xu  /  ZH


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